Faltando
somente a definição de três penas do núcleo publicitário, o STF (Supremo
Tribunal Federal) já estabeleceu punições aos cinco réus ligados ao empresário
Marcos Valério, operador do mensalão, que, somadas, já ultrapassam 105 anos de
prisão, 2 meses e 20 dias, além de R$ 8,4 milhões em multas.
Após a
quinta sessão para a fixação das penas, os ministros ainda precisam analisar a
sanção pelo crime de lavagem de dinheiro do advogado Rogério Tolentino e de
Simone Vasconcelos, ex-diretora de agência de publicidade do operador, além de
evasão de divisas para ela.
Essas
penas serão analisadas na sessão de segunda-feira, na retomada do julgamento.
Na sequência, começam as penas do núcleo financeiro, ligado ao Banco Rural.
Na
sessão de hoje (8), o Supremo definiu que Ramon Hollerbach e Cristiano Paz,
ex-sócios de Valério, irão para a prisão pelos crimes cometidos no esquema do
mensalão.
Os dois
receberam penas que ultrapassam 25 anos de prisão e multas de mais de R$ 2,5
milhões para cada.
Assim
como Valério, os dois terão que cumprir inicialmente parte da condenação na
cadeia. A lei penal estabelece que penas acima de oito anos devem ser cumpridas
em regime inicialmente fechado.
A
punição de Valério, operador do mensalão, ultrapassa 40 anos, mas ainda pode
ser reavaliada pelo Supremo.
Hollerbach
e Paz receberam as mesmas punições pelos crimes de formação de quadrilha,
corrupção ativa e peculato por desvios no Banco do Brasil e na Câmara, 46
operações de lavagem de dinheiro, somando 25 anos, 11 meses e 20 dias de
prisão. Como Hollerbach foi condenado também por evasão de divisas, sua pena
ficou maior, totalizando 29 anos, 7 meses e 20 dias.
A pena
de Simone Vasconcelos até o momento é de 4 anos e 2 meses, além de R$ 143 mil
em multa. Ela deve cumprir regime inicialmente fechado.