sábado, 28 de dezembro de 2019



O ano da histeria moderada

Em 2019, a onda de ódio, obscurantismo e protofascismo mergulhou o Brasil nas trevas satânicas do Mal. Impôs-se sobre o país alegre e fagueiro que vivia sua doce pindaíba em perfeita harmonia com seus parasitas uma ditadura cruel e implacável de extrema direita. A seguir, um decálogo da ação hedionda dessa extrema direita:

1 - Menor taxa de juros da história

Todo mundo sabe que juro baixo é coisa de nazista.

2 - Melhor Natal em cinco anos

Papai Noel obrigou o comércio a bombar, senão ia mandar todo mundo pro campo de concentração. O comércio obedeceu – e os consumidores também – porque ninguém é maluco de contrariar um Papai Noel desses.

3 - Menor risco-país da década

Sabendo que com extrema direita não se brinca, porque eles são mau que nem picapau, o mundo disse que voltou a confiar no Brasil e que muito em breve vai devolver a ele o grau de investimento – jogado fora pelo PT no auge da felicidade nacional. Ainda não saiu a reportagem investigativa mostrando que foi o Mourão que mandou o mundo confiar no Brasil com disparos em massa de WhatsApp, mas é questão de tempo.

4 - Mais de 100 bilhões de reais em privatizações

Todo mundo sabe que a riqueza dos brasileiros vem sendo drenada por um Estado burocratizado e corrupto, mas ninguém imaginava que em um ano se pudesse tirar um peso desse tamanho das costas do contribuinte. Só o fascismo seria capaz de uma arbitrariedade dessas.

5 - Cerca de 1 milhão de novos empregos

Mais um indicador incontestavelmente de extrema direita. Botar as pessoas para trabalhar é coisa de ditadura.

6 - Redução da criminalidade em todo o território nacional

Outro absurdo perpetrado por essa ideologia obscurantista que solapa o direito do cidadão de ser roubado e fuzilado normalmente no caminho de casa para o trabalho e vice-versa, ou mesmo num agradável dia de folga. Não é mais segredo para ninguém que Sergio Moro endureceu a vida dos chefes de facção nos presídios, entre várias outras medidas que comprovam o endurecimento do regime. Bem que os hackers do PT avisaram à imprensa amiga que Moro era fascista.

7 - Reforma da Previdência

Medida autoritária de extrema-direita que reabriu as perspectivas do país na marra, justamente no momento em que os brasileiros estavam quase conseguindo cancelar o futuro – essa entidade abstrata, duvidosa e traiçoeira que só serve para ameaçar as pessoas, porque todo mundo sabe que a vida é agora.

8 - Lei da Liberdade Econômica

Atentado miliciano contra o Custo Brasil – essa entidade simpática e secular que sempre chupou o sangue do brasileiro com ternura e sem fazer mal a ninguém. Os vendedores de facilidades estão indignados e irão à ONU denunciar o massacre contra a burocracia nacional, patrimônio do país e fonte histórica de calorias para uma multidão de seres humanos com vocação para não fazer nada. Há o risco iminente de uma epidemia de novas empresas com crescimento do empreendedorismo e ninguém sabe onde isso vai parar. Basta de liberdade imposta goela abaixo.

9 - Abertura da Infraestrutura

Essas medidas despóticas de asfaltamento incessante de estradas, conclusão de ferrovias, concessão de portos e aeroportos, abertura da aviação com ameaça de passagens mais baratas, além da abertura de setores de energia como o do gás com a perigosa atração de investimentos privados provam definitivamente que forças obscuras estão agindo para melhorar a vida do povo sem pedir licença à corte dos parasitas – ou seja, atropelando a democracia de auditório.

10 - Recorde na Bolsa de Valores

É típico fenômeno de extrema-direita o mercado de capitais sair dando saltos de prosperidade por aí. Provavelmente tinha algum fascista com um revólver apontado para a cabeça do mercado mandando-o bater recordes sucessivos em 2019. Essa violência não tem fim.

Feliz 2020 a você que sobreviveu à patrulha da extrema moderação.

Guilherme Fiuza

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019



Pela primeira vez na história, Ibovespa
fecha acima dos 117 mil pontos

Principal índice do mercado de ações brasileiro, o Ibovespa votou a fechar no maior nível da história. O indicador encerrou esta quinta-feira (26) aos 117.203 pontos, com alta de 1,17%. Essa foi a segunda sessão consecutiva de recorde do índice.

Apenas em dezembro, o Ibovespa acumula alta de 8,29%. No ano, o índice subiu 33,35%.

No mercado de câmbio, o dia foi marcado pela queda da moeda norte-americana. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,062, com recuo de R$ 0,017 (-0,42%). A divisa acumula queda de 4,21% em dezembro.

Fonte: Agência Brasil



Lucro é coisa de rico.
Coisa de pobre é prejuízo

O Brasil é realmente um país onde as coisas vivem de cabeça para baixo boa parte do tempo, ou talvez a maior parte do tempo.

Pelo que qualquer cientista social, formador de opinião ou pensador de universidade dirá, todas as vezes que você perguntar, governos de esquerda se preocupam em atender os interesses das populações mais pobres, que são a maioria. Já os governos de direita, vice-versa e ao contrário, gostam dos ricos – e, por isso mesmo, se preocupam em atender os interesses do “1%” mais rico da população. Esse célebre 1% do qual se ouve falar o tempo todo, mas que também pode ser 2% ou, vá lá, até uns 5% ou 10%, na melhor das hipóteses.

Imagina-se, então, que nos governos de esquerda as empresas estatais, que precisam existir porque o povo precisa ter empresas, deveriam dar lucro – e esse lucro seria distribuído aos pobres. Nos governos de direita, pelo mesmo raciocínio, as estatais não deveriam nem existir, e se existissem deveriam dar prejuízo, porque o povo não tem nada de ficar recebendo lucro de coisa nenhuma. Lucro é coisa de rico. Coisa de pobre é prejuízo.

Por que raios, então, as empresas estatais brasileiras dão prejuízo nos “governos dos pobres” e dão lucro nos “governos dos ricos”? Vai saber.

Por razões que nunca foram explicadas direito, alguém por aqui ligou o polo negativo no lugar onde fica o polo positivo, ou fez o inverso, e o resultado é que as coisas vivem com sinal trocado no país. Estamos passando, justo agora, por um desses grandes momentos da “contradição inerente aos fenômenos”, ou da “lei da unidade nos contrários”, no dialeto marxista à brasileira.

Em 2019, primeiro ano do governo de direita de Jair Bolsonaro, as estatais vão dar um lucro recorde na história – R$ 52 bilhões só nos primeiros nove meses, o que pode acabar perto dos R$ 70 bi até o final de dezembro. Em 2015, último ano do governo de esquerda Lula-Dilma, as mesmíssimas estatais deram um prejuízo de R$ 35 bilhões. Será preciso dizer mais alguma coisa?

O PT - o grande partido estatista do Brasil junto com os seus serviçais do Psol, PCdoB, etc. - é o inimigo número 1 da privatização, como todos estamos cansados de saber. Se desse, tudo o que serve para produzir alguma coisa deveria pertencer ao “Estado” – talvez não tanto quanto em Cuba, onde até charrete puxada a burro é estatal, mas o mais parecido com isso que os seus teóricos conseguissem imaginar.

No papel, tudo é “patrimônio popular” e pertence “ao povo”. Na prática, é tudo propriedade privada dos que mandam no governo – e aí a gente acaba vendo que na verdade não existe contradição absolutamente nenhuma nessa história toda. Uns roubam. Outros trabalham. As estatais, nos governos Lula-Dilma, foram roubadas dia e noite. Só podiam mesmo dar prejuízo. Agora seus diretores trabalham, em vez de roubar. O lucro apareceu já no primeiro ano.

Não que “o povo” vá ver um tostão furado de todos esses bilhões que entrarão em 2019 – o povo nem passa do saguão de entrada das estatais, mesmo porque os seguranças não deixam. Mas os pobres (além dos médios e dos ricos) não vão mais pagar, ao contrário de 2015, pelo prejuízo com o dinheiro dos seus impostos, que têm de tirar do bolso a cada vez que acendem a luz de casa ou compram um quilo de mandioca. Faz uma imensa diferença.

J. R. Guzzo

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019



“Já sei o resultado final”, diz
Bolsonaro sobre juiz de garantias
O presidente Jair Bolsonaro comentou nas redes sociais sobre o juiz de garantias, previsto na lei anticrime sancionada na última terça-feira (24). A manutenção do trecho gerou críticas, principalmente porque o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sugeriu a Bolsonaro vetar o texto. Pelo Facebook, Bolsonaro respondeu a um questionamento sobre a origem do dinheiro para aumentar o número de juízes. "O Judiciário tem seu orçamento próprio. Modulam ou julgam inconstitucional. Façam suas apostas. Eu já sei o resultado final", respondeu na última quarta. O presidente também compartilhou um texto nesta quinta que cita - entre outros pontos - a "inconstitucionalidade do juiz de garantias", por ser competência privativa dos órgãos da Justiça alterar a organização judiciária.

“2019 foi um ano de vitória”, diz
Zé Dirceu em mensagem a apoiadores
Em mensagem de fim de ano enviada a apoiadores, José Dirceu (PT) disse que 2019 "foi um ano de vitória" e que "o pior já passou". "Lula livre. Nós passamos, acredito eu, pelo pior", disse Dirceu no áudio distribuído via rede social. Ele foi solto no dia 8 de novembro poucas horas depois do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva. Ambos foram beneficiados pela decisão do STF que extinguiu a prisão após condenação em segunda instância. Dirceu foi condenado a 30 anos de prisão na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no processo que envolve o recebimento de R$ 7 milhões em propinas por contratos superfaturados da Petrobras.

PF acredita que Instituto Lula superfaturou
contratos com empresa de Lulinha
No relatório de indiciamento do ex-presidente Lula e do ex-ministro Antonio Palocci - no caso das doações da Odebrecht ao Instituto Lula - a Polícia Federal no Paraná também aponta superfaturamento em contratos de prestação de serviços firmados entre a instituição e uma empresa do filho do ex-presidente, o Lulinha. Segundo publicou a Crusoé, os documentos da PF mostram que a G4 Entretenimento (empresa de Lulinha) fechou contratos de prestação de serviços em quatro projetos do instituto. Dados da Receita Federal mostram, no entanto, que outra empresa realizou os mesmos trabalhos.

Polícia não classifica ataque à sede
do Porta dos Fundos como terrorismo
O atentado contra a produtora do canal de humor Porta dos Fundos na madrugada de terça-feira (24) não é tratado pela Polícia Civil do Rio como terrorismo. O ataque com coquetéis molotov ainda é investigado e considerado como crime de explosão e tentativa de homicídio. "Nos parece que foi um ataque direcionado a uma vítima determinada", explicou o delegado, ao dizer que o caso não é enquadrado na lei antiterror porque ela prevê uma conduta lesiva à organização da sociedade e ao Estado. A polícia investiga a autoria do vídeo que foi publicado na internet com imagens do ataque.




Lula é indiciado por doações
da Odebrecht ao instituto
O ex-presidente Lula foi indiciado pela Polícia Federal na última terça-feira (24) por doações feitas pela Odebrecht ao Instituto Lula. O delegado Dante Pegoraro Lemos afirmou que recursos transferidos pela empresa sob a rubrica de "doações" teriam sido abatidas de uma espécie de conta corrente informal de propinas. Além de Lula, a PF também indiciou por corrupção passiva e lavagem de dinheiro o presidente do Instituto, Paulo Okamotto e o ex-ministro petista Antonio Palocci. Já o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht foi indiciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.





Pacote anticrime acaba com “saidinha”
para presos como Suzane von Richthofen
O pacote de lei anticrime, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira (24), inclui entre as alterações na Lei de Execuções Penais a extinção das saídas temporárias para condenados por crimes hediondos que resultaram em morte. Para os demais, o benefício continua valendo, desde que preencham os requisitos previstos na lei.

As chamadas "saidinhas" causam grande repercussão em casos como o de Suzane Von Richthofen, condenada pela morte dos pais, ocorrida em 2002. Na última segunda-feira (23), Suzane deixou a penitenciária onde cumpre pena, em Tremembé (SP), beneficiada pela saída temporária.

A proibição da "saidinha" para os condenados por crimes hediondos, que resultaram em morte, foi uma proposta acolhida no pacote anticrime ao longo da tramitação no Congresso. A emenda foi do deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG).



“Não posso sempre dizer ‘não’ ao parlamento”,
diz Bolsonaro ao sancionar anticrime
O presidente Jair Bolsonaro comentou pelas redes sociais, na noite de quarta-feira (25), a sanção da lei anticrime. “Não posso sempre dizer 'não' ao Parlamento, pois estaria fechando as portas para qualquer entendimento”, disse o presidente. A declaração ocorre um dia depois de sancionar a proposta de deputados e senadores, com a manutenção do juiz de garantias. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, era contra o trecho. Na mesma postagem, Bolsonaro ainda reforçou que cabe ao Congresso “derrubar” vetos e disse que o avanço foi possível porque houve recuo em alguns pontos. O presidente ainda afirmou que Moro obteve "avanços contra o crime”

“Apesar do juiz de garantias, há avanços”,
diz Moro sobre lei anticrime
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou a sanção da lei anticrime feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. No Twittter, Moro disse na quarta-feira (25) que não é o "projeto dos sonhos", mas contém avanços. Em outra postagem, Moro respondeu uma publicação do ministro do STF Alexandre de Moraes, que também participou da elaboração do projeto. Moro disse que é um "excelente texto" e que "apesar do juiz de garantias, há avanços". Bolsonaro não atendeu ao pedido de Moro para vetar o trecho sugerido pelo Congresso e, pelas redes sociais, chegou a dizer que não se posicionar sempre contra o Congresso.

Polícia investiga se grupo integralista
realizou ataque ao Porta dos Fundos
O ataque à sede do Porta dos Fundos assumido por grupo que se diz integralista é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Um vídeo com imagens do ataque foi divulgado no YouTube. No vídeo, os integrantes do grupo que se autodenomina Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira aparecem mascarados e leem um manifesto enquanto imagens do ataque com coquetéis Molotov são exibidas. Segundo a polícia, pelo menos três pessoas participaram do ataque ao Porta dos Fundos, com duas bombas incendiárias, às 4 horas da véspera de Natal. O canal de humor recebeu críticas desde o lançamento do especial de Natal "A Primeira Tentação de Cristo".

Bruno Covas inicia quinta sessão de quimioterapia
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), começa, nesta quinta-feira (26), a quinta sessão de quimioterapia para tratar câncer na transição entre o esôfago e o estômago. O tratamento deve durar quatro meses com o total de oito ciclos de quimioterapia infusional no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo.
A duração prevista do procedimento é de 30 horas e o prefeito tem despachado do hospital durante a internação.

Calor de 39°C e chuva isolada no Estado
Após um feriado de Natal com tempo firme e temperatura elevada, volta a chover no sul do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (26). De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva ainda é bastante isolada e intercalada com períodos de melhoria e sem grandes acumulados, apesar da condição para raios na região da Campanha no final do dia. 
Em áreas mais ao Norte, incluindo a Capital, a Região Metropolitana e a Serra, o tempo segue firme e ensolarado. Em todo Estado a temperatura é elevada e a sensação de calor predomina. Porto Alegre, que registrou a quarta maior temperatura do ano no Natal (25),  deve ter máxima de 39°C. No Litoral, Tramandaí terá 30°C e Capão da Canoa, 31°C



CGU cassa aposentadoria de José Sérgio Gabrielli,
presidente da Petrobras durante governos do PT

A Controladoria-Geral da União (CGU) cassou a aposentadoria que o ex-presidente da Petrobras durante governos petistas, José Sérgio Gabrielli, recebia como professor da Universidade Federal da Bahia.

A decisão é do dia 20 de dezembro e foi publicada na edição da terça-feira (24) do Diário Oficial da União. Ela é assinada pelo ministro da CGU, Valmir Gomes Dias.

No texto, a CGU informa que Gabrielli foi alvo de um processo administrativo disciplinar, aberto em 2015, e penalizado com base na lei que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais.

Ele foi enquadrado nos itens que tratam de prática de improbidade administrativa e de lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional. O texto não informa, porém, quando e onde essas infrações foram praticadas por ele.

Gabrielli era alvo de um processo administrativo na CGU aberto após uma auditoria do órgão apontar prejuízo de US$ 659,4 milhões na compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006. Na época, Gabrielli era o presidente da estatal.

Fonte: G1



Fim de ano com mais empregos

Quando o Produto Interno Bruto (PIB) segue uma trajetória de quedas contínuas – como foi o caso da recessão econômica brasileira em 2015 e 2016 –, a última variável a piorar e sofrer efeitos negativos é o nível de emprego. Ou seja, o desemprego é sempre um dos últimos males a se agravar. Essa realidade levou a ex-presidente Dilma Rousseff a afirmar em várias declarações que, apesar da recessão, seu governo vinha conseguindo preservar o nível de emprego. Como se viu, era uma declaração inverídica, dita por ignorância ou demagogia política, ou uma mistura de ambas. A lógica do fenômeno se repete também no sentido inverso: quando o PIB começa a se recuperar e a recessão vai sendo deixada para trás, o nível de emprego é uma das últimas variáveis a serem beneficiadas, e as taxas de desemprego demoram a cair.

No momento em que o crescimento é retomado, em geral ocorre alguma reestruturação dos processos produtivos, especialmente no setor industrial, com a consequência de não haver recuperação de todos os empregos perdidos na recessão. Ainda que a modernização e a inovação sejam necessárias, após as recessões a retomada vem acompanhada de mais automação e incorporação de novas tecnologias que exigem menor número de trabalhadores. Se esse processo finalizador do ciclo recessivo leva ao aumento da produtividade (produto por hora de trabalho) e persiste por anos seguidos, o número de pessoas empregadas aumenta, o padrão médio de bem-estar social melhora, e em algum momento o desemprego retorna às taxas tidas como normais.

Entre os dados de estatística econômica mais difíceis de obter com precisão, está o nível de emprego. Uma das razões é que parte do total de empregos está na economia informal, na qual a coleta de dados é dificultada justamente por ser emprego sem registro oficial. Entretanto, há uma correlação entre o emprego formal, com carteira assinada, e o emprego informal, o que permite identificar correspondência de desempenho entre ambos. Isto é, se a economia cresce e o emprego formal aumenta de forma consistente, o emprego informal vai na mesma direção, não necessariamente na mesma proporção. Os dados sobre o emprego formal coletados em novembro último surpreenderam até os mais otimistas, ao identificar a criação de 99,2 mil vagas no mês, com carteira assinada, muito acima do esperado, que era de no máximo 50 mil vagas.

Os analistas já anunciaram que estão reformulando suas estatísticas sobre o total de empregos criados em 2019 e, também, alterando para cima a estimativa de empregos para 2020. Há quem preveja um aumento de até 1 milhão de empregos no próximo ano, sobretudo por já terem saído estimativas de que o PIB pode crescer até 2,5% no último ano da década. Se isso ocorrer, o Brasil terá dado um salto importante na direção de superar o brutal desemprego acima de 12,5% da população economicamente ativa, que resultou dos anos de recessão, e ampliar significativamente o emprego formal com registro em carteira.

A taxa de desemprego considerada normal varia entre 4% e 6% de toda a população em condições de trabalhar que, segundo o IBGE, já é de 106,1 milhões de pessoas, ou seja, pouco mais da metade dos 210,1 milhões de habitantes do país, conforme revisão feita pelo IBGE em 30 de junho passado. A população brasileira continua crescendo e esse fator, ao lado do elevado desemprego verificado nos últimos anos, requer que o país tenha crescimento robusto por alguns anos a fim de reduzir, quem sabe, até a metade da terceira década deste século 21, o desemprego para não mais que 5%. O ano de 2019 apresentou aumento do nível de emprego de forma sucessiva, que abrangeu vários setores e se distribuiu bem entre as cinco regiões do país.

O Brasil é um país ainda muito pobre, com elevada precariedade na composição de seu capital físico (infraestrutura física, infraestrutura empresarial e infraestrutura social), renda por habitante em torno de 20% da renda dos Estados Unidos, ou 25% da renda de países como Alemanha, Inglaterra e Canadá, e eivado de carências sociais. Ainda há enorme distância entre o nível de desenvolvimento brasileiro na comparação com os países citados, o que é um grande problema, mas também um gigantesco leque de oportunidades. O Brasil ainda está por percorrer um caminho que já foi percorrido pelos 35 países mais adiantados do mundo e, se conseguir achar o rumo certo e nele persistir, em duas décadas poderá dobrar a renda por habitante e, quem sabe, chegar a 25 mil dólares de PIB per capita.

Gazeta do Povo - 26.12.2019

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019



Moro é um orgulho para nós

O ministro Sérgio Moro é um orgulho para nós. É o único brasileiro a figurar entre 7 bilhões de habitantes da Terra, entre os 50 citados pelo prestigioso jornal britânico Financial Times, como uma das pessoas que se destacou na década. Ele é o único brasileiro citado pelo combate à corrupção, e está em uma lista em que figuram Angela Merkel, Vladimir Putin, Barack Obama, Bill Gates, Jeff Bezos entre outros.

Moro disse que o Brasil teve a felicidade de receber essa onda de combate à corrupção que anda pelo mundo todo. Ele afirmou, também, quando questionado sobre o indulto de Natal que o presidente Bolsonaro concedeu a presos doentes, policiais e agentes da lei que cometeram algum crime de modo culposo, que, dessa vez, o indulto não foi concedido a corruptos ou ladrões. Foi uma boa resposta e com endereço certo. Policial fora de serviço que tiver matado em legítima defesa ou de outrem também foi beneficiado com esse indulto.

Cargos extintos
Nessa semana, foram extintos 27.500 cargos do Governo Federal. A maior parte, do Ministério da Saúde, como agentes de endemias, agentes públicos de saúde, guardas de endemia. Não haverá mais concurso para datilógrafo, telefonista, linotipista e afins. O Governo Federal tem 610 mil funcionários ativos e uma folha de pagamento de R$ 13,3 bilhões. Dividindo um pelo outro, resulta em uma média de R$ 21 mil por funcionário público federal.

Esquerda destruidora
Foi um ano bom para a economia brasileira, aparecem novos resultados todos os dias. Mas não foi um ano bom para a esquerda no mundo todo, mesmo a esquerda socialista estilo europeu. Sofreram derrotas fragorosas, como na Inglaterra, por exemplo, em que os conservadores tiveram a sua maior vitória e o partido trabalhista, sua maior derrota. A política econômica da esquerda, de generosidade, de conceder benefícios e assistencialismo à custa do contribuinte, de abrir fronteiras a pessoas sem a menor condição de produtividade, à custa do contribuinte também, são algumas das razões pelas quais a esquerda ficou de lado.

Aqui no Brasil, foi ainda pior para a esquerda, pois ela foi responsável por um período de institucionalização da corrupção em seus governos. Basta observarmos a maneira com que o líder dessa esquerda, o ex-presidente, é recebido nos lugares onde vai.

Sobre esse cenário, um analista britânico diz que a grande mídia nega as derrotas. Nega a vitória de Trump até hoje, por exemplo. É um negacionismo da realidade, o que é contrário à função da mídia, que é trabalhar com a realidade. A mídia, além disso, inventa desculpas, como a de que Trump ganhou por conta da Rússia, de que Bolsonaro ganhou por causa das fake news, e usa os mesmos rótulos de fascista, racista, machista. Isso, na verdade, é um chororô. Na Europa, a esquerda revelou-se inócua. Mas no Brasil, foi pior: ela revelou-se destruidora.

Alexandre Garcia

terça-feira, 24 de dezembro de 2019



“É a economia, estúpido”.
E ela está reagindo!

Encerrando o ano a gente vê que está valendo aquela frase do assessor do presidente americano “É a economia, estúpido”. Podem fazer e dizer o que quiserem, mas, a economia está reagindo.

A economia veio lá de trás com a maior recessão da história com Dilma, no governo Temer já estava começando a se recuperar e este foi o ano da recuperação. Ainda na segunda-feira (23), no Palácio da Alvorada, residência do presidente, na biblioteca nós conversávamos sobre isso.

Na ocasião, ele disse que "a bola está com Paulo Guedes" e repetiu que Guedes é o patrão. O ministro está fazendo uma recuperação da economia. Eu estive ontem (23) também com o presidente do BNDES e o banco está mudando, vai se tornar, em primeiro lugar, um banco social.

Crescimento
Aqueles pessimistas que apostaram na pior, quebraram a cara. A economia americana está crescendo mais do que o esperado, a economia chinesa caiu menos que o esperado e a economia brasileira vai crescer bem mais do que o esperado.

Aqui no Brasil falavam em crescimento de 0,8% e pode chegar em 1,2% ou 1,3%. Eu aposto em 1,3%, porque é o otimismo que empurra a economia, como sempre empurrou.

Venezuela
A Venezuela teve um ataque em um quartel da Infantaria de Selva, no Sul, por parte de gente rebelada. Com isso, o governo venezuelano foi buscar a explicação fora. Ele deveria encontrar explicação dentro do país de onde as pessoas estão fugindo.

O governo do país acusou a Colômbia, o Peru, o Brasil e os Estados Unidos de tomarem parte desse ataque ao quartel. Foi morto um oficial e roubados 100 fuzis, diz a informação oficial que os fuzis foram recuperados. O Brasil, a Colômbia e o Peru não têm nada a ver com isso.

Tragédia
Em Belo Horizonte, na região da Pampulha, o pai atropelou e matou o filho de dois anos e três meses enquanto manobrava o carro no prédio em que mora. O menino estava brincando com um balão.

O pai disse à polícia que o vidro tem uma película muito escura e que não viu a criança. Eu quero deixar o registro porque o Código de Trânsito proibia qualquer adesivo no para-brisa nos vidros do carro.

Depois foi feito um lobby para permitir até um certo limite, mas esse limite não está sendo observado. Por isso, a gente vê pessoas mascaradas dentro dos carros, não é possível ver através do carro que está na nossa frente ou ao lado para a gente avaliar manobras no trânsito. Também não dá para saber se têm pessoas armadas dentro do carro.

Alexandre Garcia




A era das narrativas e o empresariado
que se deu bem com o petismo

Há, como se diz hoje a respeito de quase tudo, uma nova “narrativa” na praça. Como é bem sabido, tornou-se praticamente impossível, no Brasil atual, o cidadão passar 24 horas seguidas sem ouvir na mídia algum tipo de “narrativa” – a “narrativa” de Sua Santidade o Papa, da moça que apanhou do marido ator de novela, do bandeirinha de futebol e daí por diante, até o último dos 7 bilhões de habitantes do planeta.

A “narrativa” que se pode pegar no momento por aí, e que já começa circular no ambiente político-empresarial-jornalístico-jurídico-garantista e mais tudo o que em geral entra nessa sopa, é o que daria para se chamar de: “Fábula do empresário nacional mal tratado pela justiça do seu próprio país, em vez de apoiado por todos nesta sua hora de desventuras, como aconteceria nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, onde os governos pensam em salvar empresas e empregos”.

É o que as classes instruídas, e melhor equipadas para pensar do que você, começam a ouvir – e, mais que isso, a dizer em palestras, entrevistas à imprensa, mesas redondas e por aí afora.
  
Os empresários apresentados ao público como vítimas de maus tratos da justiça, ou coisa parecida, boa parte deles hoje afastados do comando efetivo das suas empresas, são em geral de um biotipo muito conhecido no Brasil dos últimos anos: donos e altos executivos de empresas que praticaram atos bilionários de corrupção nas suas relações com os governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, e hoje não andam mais no lado da rua onde bate o sol. Foram pegos em flagrante. Confessaram, com papel passado e assinado, os crimes que cometeram. Delataram-se uns aos outros, sem constrangimento, diante da autoridade judiciária. Pagaram multas-gigante, tiveram de devolver dinheiro roubado e fizeram “acordos de leniência” com órgãos do Estado, para pagar penas financeiras mais em conta – acordos que são, de novo, confissões perfeitas da prática de delitos previstos no Código Penal brasileiro.

A “narrativa” que começam a vender, agora, é que o mal que fizeram, junto com os participantes dos governos de Lula e de Dilma, não foi, no fundo, tão grande assim. Na verdade, talvez nem tenham tido tanta culpa pelo que fizeram – afinal, precisavam fazer suas empresas trabalhar (e gerar empregos, claro, gerar empregos acima de tudo) e os governos deste pais, como todo mundo sabe, não deixam ninguém funcionar sem o pagamento de propinas. Não se pode esquecer que muitos pagaram, com todos os juros, tudo o que tomaram emprestado do BNDES, Banco do Brasil e outros guichês onde magnatas amigos de quem manda encontram “dinheiro barato” – não fizeram nada de útil para o país com as cordilheiras de dinheiro que receberam, mas isso são outros 500, não é mesmo? Foram enganados em seus negócios com Angola, Cuba, Moçambique, Guiné e outras potências desse porte; como iriam imaginar que uma coisa dessas pudesse acontecer? E por aí vamos.

Não faltam ajudantes para tocar essa “narrativa” segundo a qual ladrões confessos de dinheiro público vão tentando, discretamente, livrar-se do seu registro como bandidos e ir vestindo a fantasia de empresários mais ou menos normais, “simples homens de negócios úteis para a economia brasileira”, ou mesmo vítimas das circunstâncias. Aqui e ali o presidente do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, dá a sua mão. Aqui, ele diz que não pode haver progresso se houver muito rigor nas exigências de ordem. Ali, diz que um “lado ruim” da Operação Lava Jato foi quebrar empresas; imagina-se, então, que seus crimes de corrupção não deveriam ter sido punidos, para que elas continuassem colaborando com o avanço econômico do país. É aplaudido por banqueiros e tratado com deferência na mídia.

A Odebrecht, no momento, parece ser quem está avançando mais na construção da nova “narrativa” – justo ela, a Odebrecht, dada como a campeã mundial da corrupção em todos os tempos. Seu ex-presidente, Marcelo Odebrecht, voltou a aparecer na mídia e a empresa voltou a ser comentada. Só que você não vai ouvir falar na palavra “corrupção” em nada disso. A “narrativa” vai tentar lhe mostrar que o problema da empresa e do reinado de Odebrecht, no fundo, foram dissenções internas, operações de altíssima complexidade no exterior e mais uma porção de milagres. Quem sabe acaba pegando?

J. R. Guzzo

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019



Lava Jato: Empresários e perito judicial
denunciados por lavagem de R$ 5,9 milhões
A Procuradoria Federal ofereceu denúncia de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra o perito judicial Charles Fonseca William e de corrupção ativa contra os empresários José Carlos Lavouras, Jacob Barata Filho e João Augusto Monteiro, por propinas de R$ 5,9 milhões. William foi preso preventivamente no começo do mês. Os procuradores afirmam que, entre 2012 e 2015, os empresários teriam pago R$ 1 mi na compra de uma casa em Búzios e R$ 4,9 milhões em propinas entregues pela frota da transportadora Transexpert, que ocultava valores para a organização criminosa liderada por Sérgio Cabral. Os acusados passam a responder pelos crimes após a 7ª Vara Federal Criminal do Rio receber a denúncia.

STJ abre prazo para familiares de Marielle
se manifestarem sobre federalização do caso
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, abriu prazo para familiares da vereadora Marielle Franco – assassinada em março de 2018, juntamente o motorista dela Anderson Gomes – e para os acusados do crime se manifestarem sobre o Incidente de Deslocamento de Competência (IDC), no qual o STJ vai definir se a investigação será federalizada. Atualmente, o caso é conduzido pelas autoridades do Rio de Janeiro. Na decisão, a ministra também determinou a intimação da Procuradoria do Rio de Janeiro e da Advocacia-Geral da União para se manifestarem no mesmo prazo (10 dias). A federalização do caso foi suscitada pela ex-PGR, Raquel Dodge.

53,1% dizem que Bolsonaro
está melhorando o Brasil
Um levantamento do Paraná Pesquisas mostra que para 53,1% dos entrevistados o governo do presidente Jair Bolsonaro está melhorando o Brasil. Por outro lado, 39,5% dizem que está piorando o país. "Não sabe" ou "não opinou" representam 7,4% dos entrevistados. O índice para avaliação positiva é ainda maior entre os homens, com 60,8%. Na análise por região a aprovação chega a 71,8% no Sul e a 68,7% no Norte e Centro-Oeste. A pesquisa ouviu 2.260 pessoas, entre os dias 7 e 11 de dezembro, em 172 municípios de todos os estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Itamaraty nega envolvimento do
Brasil em ataque na Venezuela
O Itamaraty negou nesta segunda-feira (23), em nota, o envolvimento do Brasil na invasão a um destacamento das Forças Armadas da Venezuela. Um militar leal ao regime de Nicolás Maduro morreu durante o confronto que ocorreu na região de Gran Sabana. "O Brasil nega qualquer envolvimento no episódio", esclareceu o Ministério das Relações Exteriores. A declaração ocorreu um dia depois do ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, acusar - sem oferecer provas - que os envolvidos "foram treinados por paramilitares na Colômbia e receberam a colaboração do governo de Jair Bolsonaro".

Governo extingue 27 mil cargos
“obsoletos”, sendo 81% na saúde
Cargos considerados "obsoletos" e que não condizem com a realidade do trabalho federal, segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, foram extintos em um decreto publicado pelo governo federal na sexta-feira (20). Ao todo, a nova estrutura da carreira do serviço público federal retira mais de 27.500 cargos efetivos do seu quadro de pessoal em funções consideradas desnecessárias - entre eles, mateiro, discotecário, técnico de móveis e esquadrias, locutor e seringueiro. Dos cargos extintos, 81% estão na área da saúde, com 22.476. Um levantamento do próprio governo federal revela que 14.227 dos cargos estão desocupados e serão suprimidos imediatamente - ainda existem 13.384 cargos ocupados. Em abril, o governo já havia extinto por decreto 13 mil cargos.



ATENÇÃO!


Bancos funcionam em horário diferenciado
na véspera de Natal e no fim de ano
Os bancos vão funcionar em horário especial durante a véspera do feriado de Natal, nesta terça-feira (24). De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as agências devem abrir das 9 às 11 horas nos estados com horário igual ao de Brasília.
Em estados com diferença de uma ou duas horas em relação à Brasília, os atendimentos bancários devem acontecer das 8 às 10 horas do horário local. O último dia útil dos bancos será no dia 30, próxima segunda-feira. Nos dias 31 de dezembro e 1° de janeiro, os bancos estarão fechados para atendimento ao público.



Para Bolsonaro, primeiro ano
de governo merece “nota 7”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o primeiro do seu mandato merece “nota 7” por “inexperiência” de alguns ministros e "falta de articulação" com alguns setores. A avaliação foi feita durante entrevista ao programa “Poder em Foco”, do SBT, exibida na madrugada desta segunda-feira (23). “Eu vou ser modesto. Eu acho que 7. Se não fizemos mais, é porque faltou, talvez, uma melhor articulação nossa com algum setor da sociedade. Inexperiência de alguns ministros”, afirmou. O presidente projetou uma nota maior para o segundo ano de governo e comparou a gestão a um time de futebol". “Quem joga, quem entra em campo, são eles [os ministros]. Eu sou técnico do time de futebol. Agora, estamos perfeitamente afinados e creio que nós podemos pegar uma nota 8 em 2020", defendeu.

Fiscalização por radares móveis deve
ser retomada nesta segunda (23)
A fiscalização por radares móveis feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) deve ser retomada nesta segunda-feira (23) para cumprir determinação judicial. O prazo concedido pela Justiça Federal no Distrito Federal chegou a ser estendido a pedido do governo. No dia 11 de dezembro, a Justiça suspendeu uma portaria do governo federal que proibia a fiscalização em rodovias federais com radares móveis, estáticos e portáteis. Em nota, diz o portal G1, a PRF afirmou que "já iniciou as tratativas necessárias, alinhada com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, para efetivar o cumprimento judicial que determina a retomada do uso dos radares nos procedimentos de fiscalização do órgão".

 “É absurdo que União faça empréstimo
para pagar Fundo Eleitoral”, diz Oriovisto
Os últimos dias do ano legislativo, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos) dedicou tempo e energia a fazer circular a informação de que dos R$ 2 bilhões que serão destinados ao Fundo Eleitoral em 2020, cerca de R$ 1,8 bilhão será proveniente da venda de títulos do Tesouro. Em outras palavras, o governo não tem dinheiro para pagar a totalidade do Fundo e, por isso, vai tomar esse dinheiro emprestado, aumentando o valor da dívida interna.
O valor que o governo tomará emprestado equivale a 87% do total previsto para o Fundo. Os R$ 269 milhões restantes serão oriundos de fonte de recursos ordinários, ou seja, arrecadação de impostos.
 “Como o governo não tem o dinheiro para pagar o fundo, querem votar já uma autorização para que o governo brasileiro emita títulos – ou seja, aumente ainda mais a dívida interna – para dar dinheiro para campanha. É o máximo da irresponsabilidade. Se não tem dinheiro, meu Deus do céu, simplesmente não dê. Para que esse dinheiro? É uma vergonha, um absurdo”, afirmou o senador.

Delator relata esquema milionário de propina
envolvendo Ricardo Coutinho, ex-governador da PB
O empresário Daniel Gomes relatou a investigadores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que superfaturava contratos e pagava 10% do valor em propina ao ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB). Daniel tinha contratos com o governo na área da Saúde por meio de duas organizações sociais - entidades privadas sem fins lucrativos.
O esquema foi desarticulado na Operação Calvário, e o empresário preso em dezembro do ano passado. Ele fez delação premiada e agora responde em liberdade.
Em vídeos exibidos neste domingo (22), o agora delator afirma aos investigadores que os repasses foram negociados com Ricardo Coutinho desde 2010 e que o esquema ilegal continuou com o atual governador João Azevêdo (sem partido). "O Ricardo era o líder, indiscutivelmente", afirma.

“Lula já é uma carta fora do baralho”, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro comentou durante entrevista ao programa “Poder em Foco”, do SBT, exibida na madrugada desta segunda-feira (23), sobre a situação eleitoral do ex-presidente Lula – condenado na operação Lava Jato pelo caso do tríplex no Guarujá (SP). De acordo com Bolsonaro, depois de ser condenado o petista não deve influenciar nas eleições. “Olha, o Lula, mesmo que ele não vá à prisão e continue em liberdade, já está condenado em 2ª Instância. Não vai disputar as eleições. Ele não é cabo eleitoral para mais ninguém”, disse. Bolsonaro ainda falou sobre a como Lula é recebido em atos pelo Brasil. “O Lula agora, nas suas poucas andanças pelo Brasil, é criticado, é vaiado. Então, eu acredito que o Lula já é uma carta fora do baralho”, afirmou.



Papai Noel do PT: para o partido,
o Brasil é um galinheiro

O PT quer dar um presente de Natal para o Brasil: caos social que ajude a derrubar a economia e, com isso, aumentar as chances de ele voltar ao poder. Seu Papai Noel Lula livre afirmou que o projeto do PT é retomar o poder em nome da democracia. Coitada, a democracia é a famosa casa da mãe Joana: todo mundo mete a mão.

O PT revelou-se uma gangue. Tendo parte da sua origem no movimento sindical, erguido nos escombros da ditadura, só se podia esperar isso mesmo. Grande parte dos sindicatos, no mundo inteiro, é máfia com metafísica política: a ideia é tirar dinheiro de quem trabalha.

Ao revelar-se uma gangue, o PT nunca fez autocrítica. Não precisa. Santos não precisam rever seu passado, dizem até os intelectuais orgânicos que trabalham para a causa. O PT nunca foi sério no sentido que esperavam dele. Para o PT, o Brasil é um galinheiro –de vez em quando ele vem e mata uns frangos. O único projeto do PT sempre foi fazer do Brasil o seu quintal, mesmo que para isso tivesse que matar muitos frangos "resistentes". Associar o PT à democracia é para gente de má-fé.

Eu sei, eu sei. O governo Bolsonaro desfila atos e gestos simpáticos à ditadura. Voltaremos a isso já. Mas o PT tem sofisticação intelectual suficiente a seu serviço pra montar um projeto totalitário silencioso, e com "verniz", com palmas da "comunidade internacional", em que ninguém perceba de bate pronto. E isso estava em curso. Basta você ter a seu favor as pessoas certas, você cria um sistema autoritário em "nome da democracia". Quem lê história do século 20 sabe disso de cor.

A bola da vez é tentar criar caos social ("fazer um Chile aqui") para derrubar a sensação de que alguma normalidade econômica começa a se instalar. Preste atenção e verá todos os economistas orgânicos do partido trabalhando para pôr em dúvida a ideia de "austeridade".

Engraçado: existem dois tipos de dinheiro, o meu e o dos outros. Com o meu prático austeridade, se não quebro. Com o dos outros proponho o socialismo e torro. Austeridade nada mais é do que gastar menos do que você ganha.

Não quero com isso propor que o mercado cuide de bebês. O mercado nunca resolveu tudo. Petistas fazerem crítica econômica depois de terem destruído a economia do país? Isso, sim, é entregar o galinheiro na mão da raposa.

Quero dizer apenas que aquela economia pequenininha que faz as pessoas sorrirem, que talvez comece a melhorar por aqui, precisa ser destruída pelo exército de asseclas do PT para impedir que os liberais continuem a ter alguma chance de administrar o país depois de "séculos" de mitos econômicos. Se a economia melhorar, fica mais difícil derrubar o Bolsonaro, claro, porque o bolso é o órgão mais sensível do homem e da mulher (para não me acusarem de sexista em cima do Natal).

Se o PT tiver de destruir o cotidiano do "povo brasileiro", o fará sem cerimonia, porque o único povo brasileiro que jamais importou ao PT foi o "seu povo brasileiro".

E aí vem as bobagens faladas por membros do governo Bolsonaro, quando não ele mesmo.

Ficar ameaçando o país com um "novo AI-5" é coisa de ignorante histórico, geopolítico e moral. Cada vez que alguém fala uma idiotice dessa, o PT fica de pau duro. A ideia de gerar desordem visa fazer com o que todo mundo que não concorde com o PT e seus asseclas caia na categoria de fascistas, além de derrubar a economia e pôr as pessoas em pânico. A pequena utopia próxima dessa turma é caos nas ruas, polícia batendo e matando, e Brasília falando horrores e elogiando ferramentas violentas do passado.

Imediatamente a "comunidade internacional" e seus intelectuais (e Greta Thunberg!) gritarão que o Brasil é uma ditadura. O engraçado é que você pode destruir o cotidiano das pessoas e ainda assim dizer que você está a favor delas. Basta ler história do século 20 pra ver isso.

A verdade é que a melhoria possível da economia em 2020 pode complicar ainda mais para os antigos donos do galinheiro. E eles farão qualquer coisa pra isso não acontecer. Querem retomar o poder e voltar a roubar livremente.

Luiz Felipe Pondé