Joalheria entrega
nota fiscal de Cabral no valor de R$ 600 mil
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) gastou 1,372
milhão de reais em quatro anéis e um colar da H. Stern, entre 2013 e 2015,
segundo notas fiscais entregues pela joalheria à Polícia Federal, na Operação
Calicute. Foram comprados um colar de ouro nobre 18k com diamante, avaliado em
81 mil reais, um anel de ouro nobre 18k com diamante de 30 mil reais, um anel
de ouro amarelo 18k com rubi, 600 mil reais, um anel de ouro branco 18k com
Brilhante Solitário, 319 mil reais, e um anel de ouro branco 18k com esmeralda,
no valor de 342 mil reais. A joalheria H.Stern encaminhou à Operação Calicute,
“notas fiscais e certificados” de compras de Sérgio Cabral, de sua mulher a
advogada Adriana Ancelmo e de outros investigados na Calicute. Juntos, Sérgio e
Adriana Cabral gastaram ao menos 1.931.828,00 reais em joias, segundo as
notas fiscais entregues pela H.Stern.
Ex-gerente da
Petrobras recebeu propina em caixas de uísque
Em depoimento espontâneo à Operação Lava Jato, o
engenheiro Glauco Legatti, funcionário aposentado da Petrobras, confessou
ter recebido propina do operador Shinko Nakandakari, um dos delatores do
esquema de corrupção na estatal. Legatti, que atuou como gerente-geral da
Refinaria do Nordeste, em Abreu e Lima (PE), entre 2008 e 2014, declarou que
Shinko deu a ele caixas de uísque recheadas de dinheiro vivo. Em audiência em
junho de 2015, frente ao juiz federal Sergio Moro, o engenheiro havia negado o
recebimento de 400.000 reais, em propina, de Nakandakari – este havia
declarado, em sua delação, que pagou o valor a Legatti, parceladamente, “a
pedido da Galvão Engenharia”. Legatti teve sua tentativa de delação premiada
frustrada e, então, decidiu procurar a Lava Jato para prestar depoimento “de forma
espontânea”, em 9 de novembro deste ano, como tentativa de receber benefícios
legais. O engenheiro disse que conheceu Nakandakari “por volta de 2001/2002”.
Equipe de Trump
sinaliza freio nas relações entre EUA e Cuba
O futuro das relações diplomáticas entre Washington e
Havana ficou sob uma espessa camada de dúvidas diante das posições expostas
neste domingo (27) por pessoas próximas e figuras da equipe do presidente
eleito, Donald Trump, por mais concessões de Cuba em troca da abertura. Em
2014, esses dois países, separados por meio século de tensões, iniciaram uma
aproximação histórica. A chegada de Trump à Casa Branca gera incertezas sobre
todo o delicado processo. A morte do líder cubano Fidel Castro, na noite de
sexta-feira, levou várias vozes próximas ao presidente eleito a se manifestarem
sobre o futuro dessas relações bilaterais. No sábado (26), Trump emitiu uma
nota oficial onde afirmou que sua administração “fará tudo que puder” para
garantir “a prosperidade e a liberdade” dos cubanos, sem dar detalhes de como
alcançará esse objetivo. Neste domingo, Kellywanne Conway, uma das assessoras
mais próximas e ex-chefe de campanha de Trump, disse à imprensa que o núcleo da
visão do presidente eleito sobre a retomada das relações com Cuba é que
Washington não obteve concessões de Havana. “Sua crítica ao que ocorreu nos
dois últimos anos é simples: é que não conseguimos nada em troca” do
restabelecimento das relações diplomáticas, disse.
RJ vai fechar
escolas e diminuir nº de turmas e turnos
A Secretaria de
Educação do Estado do Rio de Janeiro pretende fechar três escolas no próximo
ano e deve diminuir o número de turnos e turmas em várias outras, como mostrou
o Bom Dia Rio. Pais e professores temem que, no ano que vem, as turmas que
sobrarem fiquem superlotadas. Unidades tradicionais, como o Colégio estadual
Professor Daltro Santos, de Bangu, na Zona Oeste, devem ser atingidos pela
medida. Os estudantes e professores reclamam da medida. “Fazemos um apelo que
seja revogada a decisão de acabar com o turno noturno”, explicou George Cléber
da Silva, pai de aluno. O sindicato dos profissionais de educação também
protestou contra a medida. “A orientação foi geral. O sindicato está recebendo
informes de seus núcleos de turnos e escolas sendo fechadas. É impressionante
que, n apagar das luzes do ano, um governo em frangalhos politicamente, com um
ex-governador preso não muito longe daqui, e a orientação é poupar dinheiro em
cima da educação” destacou Lucas Hippólito, coordenador do Sepe/RJ.
Dallagnol diz que
anistia a caixa 2 é reação de investigados na Lava Jato
O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em
Curitiba, procurador da República Deltan Dallagnol, voltou hoje (28) a defender
a criminalização do caixa 2 e ressaltou que uma eventual decisão do Congresso
Nacional sobre uma possível aprovação da anistia à contabilidade paralela de
campanha eleitoral teria ônus político. “Essa foi a manobra mais radical que vi
sob a forma da reação de um sistema contra uma investigação. Eu não acredito
que o Parlamento esteja encampando isso. Acredito que isso foi a reação de
determinados investigados, de determinadas pessoas contra a investigação”,
afirmou o procurador, em palestra sobre as 10 medidas contra a corrupção, na
Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. Segundo Dallagnol, o texto que
circulou no Congresso é uma proposta de anistia a crimes relacionados ao caixa
2, como corrupção e lavagem de dinheiro, já que, hoje, ninguém é processado
criminalmente pela contabilidade paralela. “Quando olhamos a redação da
proposta[constatamos que] é uma proposta de anistia a crimes relacionados ao
caixa 2. Foi redigida de modo tal a permitir a anistia, na verdade, de
corrupção e de lavagem de dinheiro, inclusive praticadas [por investigados] na
Lava Jato”, disse.