Ministério apura uso político do Minha Casa, Minha Vida
O Ministério das Cidades solicitou
informações à Caixa Econômica Federal (CEF) e a prefeituras de Alagoas sobre
denúncias de uso político do programa Minha Casa, Minha Vida no estado.
Segundo
reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
“turbinou” a execução do programa em seu reduto político de olho nas eleições
de 2014. Ele também teria usado sua influência na CEF e nos municípios para
favorecer a Construtora Uchôa, que faturou 70 milhões de reais com a execução
de obras do programa nos últimos dois anos. A empresa é de propriedade do irmão
de Tito Uchôa, apontado como laranja de Calheiros – favorito a ocupar a
presidência do Senado com o apoio do Planalto..
Segundo declarou o ministério à ONG Contas Abertas o recebimento das informações é fundamental para o
encaminhamento mais adequado do caso. A pasta já havia afirmado, no fim da
semana passada, que qualquer denúncia de uso político do Minha Casa, Minha Vida
seria “encaminhada aos órgãos de controle e, a depender da sua natureza, à
Polícia Federal”.
As articulações do senador fizeram
Alagoas figurar, proporcionalmente, entre os maiores contratantes do programa,
superando outros estados do Nordeste e até a meta do próprio governo, que era
construir 13.000 unidades habitacionais no estado. Atualmente, mais de 26.800
unidades habitacionais já foram contratadas, e o volume de recursos públicos
investido ultrapassa a marca de um bilhão de reais. Das 26 prefeituras de
Alagoas incluídas no programa, apenas duas não são comandadas por aliados de
Renan ou partidos coligados com o PMDB.