quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Ministério apura uso político do Minha Casa, Minha Vida
O Ministério das Cidades solicitou informações à Caixa Econômica Federal (CEF) e a prefeituras de Alagoas sobre denúncias de uso político do programa Minha Casa, Minha Vida no estado. 
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) “turbinou” a execução do programa em seu reduto político de olho nas eleições de 2014. Ele também teria usado sua influência na CEF e nos municípios para favorecer a Construtora Uchôa, que faturou 70 milhões de reais com a execução de obras do programa nos últimos dois anos. A empresa é de propriedade do irmão de Tito Uchôa, apontado como laranja de Calheiros – favorito a ocupar a presidência do Senado com o apoio do Planalto..
Segundo declarou o ministério à ONG Contas Abertas o recebimento das informações é fundamental para o encaminhamento mais adequado do caso. A pasta já havia afirmado, no fim da semana passada, que qualquer denúncia de uso político do Minha Casa, Minha Vida seria “encaminhada aos órgãos de controle e, a depender da sua natureza, à Polícia Federal”.
As articulações do senador fizeram Alagoas figurar, proporcionalmente, entre os maiores contratantes do programa, superando outros estados do Nordeste e até a meta do próprio governo, que era construir 13.000 unidades habitacionais no estado. Atualmente, mais de 26.800 unidades habitacionais já foram contratadas, e o volume de recursos públicos investido ultrapassa a marca de um bilhão de reais. Das 26 prefeituras de Alagoas incluídas no programa, apenas duas não são comandadas por aliados de Renan ou partidos coligados com o PMDB.  

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