terça-feira, 6 de março de 2018

➤DESTAQUES

Temer dará 'total acesso' às informações do extrato bancário
A Secretaria de Comunicação Social divulgou nota nesta segunda-feira (5) na qual informou que o presidente Michel Temer dará à imprensa "total acesso" às informações do extrato bancário dele.
A nota foi divulgada após o site da revista Veja informar que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a quebra do sigilo de Temer.
O presidente é investigado em um inquérito aberto em setembro para apurar o suposto pagamento de propina na edição do decreto dos portos.
Barroso é o relator do inquérito e autorizou as investigações com base nas delações de Joesley Batista, dono do grupo J&F, e de Ricardo Saud, ex-executivo do grupo.
De acordo com as investigações, a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP), teria sido beneficiada. Temer e a empresa negam a acusação.
Após o Planalto divulgar a nota, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, convocou uma entrevista coletiva na qual disse que Temer "não tem nada a esconder" e ficou "contrariado e indignado".
Responsável pela articulação política do governo, Marun acrescentou: "Não há como não se indignar diante do fato de que um inquérito completamente fraco, onde inexistem sequer indícios de qualquer ilícito resulte numa decisão dessas que, em se, digamos sendo tomada em relação ao presidente da República revela uma falta de cautela que nos estranha nesse momento."

Mulher é presa após atirar televisão em namorado e acertar carro da BM
Uma mulher foi presa na madrugada desta terça-feira (6) após atirar uma televisão do sexto andar de um prédio, no Centro de Porto Alegre. O aparelho caiu em cima de uma viatura da Brigada Militar.
Conforme a Polícia Civil, o casal estava discutindo no apartamento, e o homem chamou a polícia. Os policiais chegaram ao local e quando subiam até o apartamento, a mulher jogou a televisão contra o companheiro.
Ele conseguiu desviar, mas o televisor de 32 polegadas voou pela sacada e aterrissou sobre viatura. O vidro e a parte traseira do veículo Toyota Corolla ficaram danificados com a força do impacto.
Ela foi presa em flagrante e o delegado responsável pela ocorrência determinou fiança de R$ 6 mil. A mulher então foi encaminhada para o Presídio Feminino Madre Pelletier.
De acordo com a Brigada Militar, a viatura deve ficar parada por ao menos 45 dias para a realização de levantamento e reparo dos danos.
Apesar de constar no boletim de ocorrência que a mulher arremessou a televisão contra o namorado, a BM não descarta que o ato possa ter sido premeditado. No entanto, as circunstâncias ainda serão investigadas.

Medo de mudanças: brasileiro se aposenta mais cedo
Brasileiros que se aposentaram por tempo de contribuição em 2017 eram mais jovens do que os que solicitaram o benefício em 2016, segundo dados da Secretaria de Previdência. Entre as mulheres, a idade média na concessão da aposentadoria caiu de 53,25 para 52,8 anos. Entre os homens, essa idade passou de 55,82 para 55,57 anos.
Os resultados interromperam uma tendência longa, embora gradual, de aumentos na idade média de concessão das aposentadorias. A última vez em que houve queda foi em 2008, entre homens, e em 2005, entre mulheres. Do total de 1,4 milhão de aposentadorias concedidas no ano passado, 470.000 foram por tempo de contribuição.
A aposentadoria precoce onera as contas públicas porque a expectativa de vida dos brasileiros é maior do que no passado, ou seja, o beneficiário tende a ficar mais tempo recebendo os valores do INSS. Segundo o IBGE, uma mulher aos 53 anos tende a viver outros 30. Já a expectativa de sobrevida de um homem de 55 anos é de mais 24 anos.
A idade média de aposentadoria no Brasil é menor do que entre os países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é superior a 64 anos no caso de homens. Em 2017, o rombo no INSS atingiu o recorde de 182,45 bilhões de reais.

Quem vai julgar Lula, já votou pela prisão em segunda instância
Em julgamento ocorrido em março do ano passado, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu por unanimidade que é possível prender alguém após condenação em segunda instância. Por outro lado, destacou que, em situações excepcionais, essa regra pode ser flexibilizada, permitindo que o condenado recorra em liberdade. Nesta terça-feira, o mesmo colegiado vai julgar um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já condenado em primeira e segunda instância. É um habeas corpus preventivo — uma vez que ainda não há ordem de prisão contra Lula — para permitir que ele continue em liberdade enquanto recorre da condenação nos tribunais superiores.
Reservadamente, um ministro do tribunal avaliou que a Quinta Turma vai manter por unanimidade o mesmo entendimento, ou seja, vai negar o pedido de Lula. Segundo ele, o STJ é uma corte técnica que segue os precedentes. Caso o tribunal confirme a expectativa, isso não significa que Lula será preso logo. A decisão de expedir ordem de prisão será tomada somente depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) concluir o julgamento de um recurso apresentado pela defesa contra a condenação. E, no momento em que finalmente houver a prisão, nada impede a apresentação de novo pedido de liberdade ao STJ.
Ele fez uma ressalva: o julgamento do STF em 2016 não afasta a possibilidade de conceder ao condenado em segunda instância uma decisão favorável. Mas isso é a exceção, e não a regra.

Comandantes do Exército e Marinha querem um militar na Defesa
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, usou sua conta pessoal no Twitter, nesta segunda-feira, para se associar ao comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira, que, em entrevista publicada esta manhã no site do GLOBO, defendeu a permanência de um militar no Ministério da Defesa. Na última semana, após nomear o general Silva e Luna como ministro interino, o presidente Michel Temer afirmou que, em breve, vai renomear um civil para o ministério.
Em sua entrevista, o comandante da Marinha disse: "Um militar, como qualquer outro profissional escolhido pelo presidente da República, pode sim chefiar o Ministério da Defesa. Anteriormente, profissionais de outras carreiras de Estado já exerceram esse cargo, e não há qualquer razão para que um militar não possa exercê-lo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o atual ministro da Defesa é um fuzileiro naval de carreira".
O almirante também negou que haja desentendimento entre as três forças sobre quem deve chefiar a Defesa:
"As Forças Armadas vivem um ambiente de extrema cooperação e, em atuação conjunta, buscam cumprir as missões a nós atribuídas. Não há a mínima restrição à indicação de um general para o cargo de ministro da Defesa, até porque essa escolha é prerrogativa do presidente. Adicionalmente, no caso em questão, o general Silva e Luna conta com larga experiência no cargo de secretário-geral do ministério, e se desincumbe de suas funções de maneira competente e equilibrada".
O comandante do Exército passou o dia no Rio, em reunião com o interventor na Segurança Pública, general Braga Netto, e também usou o Twitter para fazer comentários sobre a intervenção. Disse que o Exército não fará promessas que não pode cumprir.

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