quinta-feira, 17 de novembro de 2016

RAPIDINHAS


Cabral recebia ‘mesada’ de R$ 500 mil de empreiteira, aponta Operação Calicute
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) recebeu R$ 500 mil de mesada da Carioca Engenharia em seu segundo mandato (2010-2014). No primeiro (2007-2010), R$ 200 mil. Já a Andrade Gutierrez desembolsou R$ 350 mil em um ano. As informações são da investigação do Ministério Público Federal, em desdobramento da Lava Jato no Rio. No total, a primeira empresa pagou R$ 32,5 milhões em propina e a segunda, R$ 7,7 milhões, de 2007 a 2014. Em algumas ocasiões, para não levantar suspeitas, foram feitos, além de repasses em espécie, depósitos fracionados em contas de Cabral, de R$ 10 mil.Capturado hoje em seu apartamento, no Leblon, ex-governador deve ficar preso no complexo penitenciário de Bangu.


‘Tolice é o presidente do Senado imaginar que a sociedade vai acreditar nas suas boas intenções’, afirma líder dos juízes
A reação em cadeia dos juízes contra Renan Calheiros (PMDB/AL) ganhou mais um capítulo. Nesta quarta-feira, 16, o presidente da maior entidade da toga no País, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, emitiu nota pública em que diz. “Combate à corrupção não é tolice, é coisa séria. Tolice é o presidente do Senado imaginar que a sociedade vai acreditar nas suas boas intenções ao investigar salários de magistrados e tentar criminalizar juízes que tentam combater à corrupção.” A reação da AMB se soma à de outra entidade influente do Judiciário, a Associação dos Juízes Federais, que também desafiou Renan e revelou que um ‘administrador do xerox da Câmara dos Deputados ganha igual a ministro do Superior Tribunal de Justiça’. O presidente do Congresso instalou uma comissão para identificar os supercheques do funcionalismo nos Três Poderes. Os juízes acreditam que o alvo de Renan são eles. O peemedebista é investigado na Lava Jato.

Garotinho não consegue transferência para hospital particular no RJ
O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, preso nesta quarta (16) pela Polícia Federal do Rio, pediu transferência para o Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, onde recebe tratamento cardíaco, mas permanece no Hospital Municipal Souza Aguiar. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a prefeitura deu autorização para a transferência, mas a Polícia Federal negou o pedido. Em função disso, o ex-governador continuará internado na unidade do município. Para justificar a requisição de mudança de local, ele apresentou um laudo assinado por um médico particular, que não é um documento oficial do Souza Aguiar. O ex-governador é um dos investigados na Operação Chequinho, que apura o uso do programa social Cheque Cidadão para a compra de votos na cidade de Campos, onde a mulher dele, Rosinha Matheus, é prefeita.

Diante da crise no Rio, deixar Cabral solto seria uma afronta, diz Sergio Moro
Além dos indícios de que os investigados estariam tentando destruir provas e esconder recursos ilícitos, a grave crise econômica do Rio de Janeiro sensibilizou o juiz Sergio Moro na hora de ele assinar os mandados de prisão contra o ex-governador Sergio Cabral e seus ex-assessores na 37ª fase da Operação Lava Jato. No despacho, Moro afirmou que seria uma “afronta” deixar em liberdade os investigados usufruindo do “produto milionário de seus crimes”, enquanto a população do Rio sofre com a “notória situação de ruína das contas públicas”. “Por conta de gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele Estado tamanhos sacrifícios, com aumentos de tributos e corte de salários e de investimentos públicos e sociais. Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres”, escreveu o juiz que conduz a Lava Jato em primeira instância em Curitiba. Aliado de Cabral, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) enfrenta dificuldades para aprovar na Assembleia Legislativa um pacote de arrocho para reequilibrar as finanças do Estado.

Procuradoria pede análise das caixas ‘praia’ e ‘sítio’ pertecentes a Lula
A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu ao juiz federal Sérgio Moro que determine uma análise do conteúdo das caixas “praia” e “sítio”. Elas estão guardadas na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), e contêm parte do acervo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010). Uma outra parte dos bens que o petista chama de “tralhas” e alega ter recebido de presente quando exerceu seus dois mandatos está acondicionada em um cofre no Banco do Brasil, no Centro velho de São Paulo. “Praia” e “sítio” seriam referências ao tríplex do Guarujá e ao Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior paulista, segundo os investigadores da Lava Jato. Os dois imóveis são alvo de investigação sobre o ex-presidente. Lula é acusado corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobras. Denúncia do Ministério Público Federal sustenta que ele recebeu R$ 3,7 milhões em propinas – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção na estatal petrolífera – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

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