Justiça abre caminho para que mensaleiros respondam por
improbidade
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
tomou nesta terça-feira uma decisão que abre caminho para que mensaleiros como
o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro
petista Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério possam responder a um
processo por improbidade administrativa. Todos eles foram condenados no
julgamento do mensalão, mas o Ministério Público também apresentou pedido
judicial para que devolvam o dinheiro desviado no propinoduto. Das cinco ações
de improbidade propostas pelo MP, apenas esta analisada pelo STJ teve
continuidade até o momento. No julgamento do caso, os ministros não analisaram
o mérito do pedido para que os mensaleiros reponham os cofres públicos, e sim
se atentaram a um aspecto processual que impediu até o momento que os pedidos
de devolução do dinheiro do mensalão fossem levados adiante.
Poder de compra cai
pela primeira vez desde 2004
Os
brasileiros perderão 280 bilhões de reais de seu poder de compra entre 2015 e
2016. Desde 2004, os recursos disponíveis para o consumo cresceram sem parar a
ritmo anual de 2,5%, mas 2015 será o primeiro ano em que esse movimento será
revertido, com a queda repetindo-se em 2016, segundo estudo da consultoria
Tendências, publicado pelo jornal O Globo. De acordo com o cálculo,
a inflação está corroendo a renda e os juros em alta aumentam os desembolsos
para pagamento de dívidas. Em valores absolutos, os brasileiros tinham em mãos
3,06 trilhões de reais em 2014 para gastar tanto em itens essenciais, como
habitação, educação, transporte, energia e água, quanto na aquisição de bens de
consumo e serviços. Pelos cálculos da Tendências, esse valor cairá a 2,82 trilhões
de reais este ano e a 2,78 trilhões de reais em 2016. Trata-se, portanto, de um
retrocesso em cinco anos: em 2011, o poder de compra dos brasileiros era de
2,74 trilhões de reais.
Oposição
quer pressa de Cunha em recurso ao STF
Enquanto
tenta amarrar governo e oposição num acordo para preservar seu mandato, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) passou a demonstrar não ter mais pressa em definir destino do
pedido de impeachment –mesmo porque o novo pedido, “consolidado” com as
pedaladas de 2015, só deve ser protocolado no fim da semana. Até lá, a oposição
pressiona o presidente da Câmara para que recorra imediatamente das liminares
do STF que sustaram o rito anteriormente acertado para a tramitação do
impeachment. Os partidos oposicionistas vão entrar como “amicus curiae” –alguém
que, mesmo sem ser parte, pode se manifestar no processo– no recurso ao
Supremo.
Apagão
no Palácio do Planalto
Ministros
e assessores do Palácio do Planalto sofreram nesta manhã com mais um apagão.
Nada a ver com a articulação política do governo. Por volta de 10h, os
gabinetes de Dilma Rousseff e de seus auxiliares ficaram no escuro por causa de
mais uma das tantas quedas de energia que testam a paciência dos moradores da
capital federal. Com todo o calor do cerrado, os servidores estão sem
ar-condicionado. O desconforto só não é maior porque geradores garantem energia
para a iluminação e os computadores.
Manifestações
contra presidente do STF preocupam seguranças
Os seguranças do presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ricardo
Lewandowski, têm sofrido para protegê-lo em compromissos em
tribunais de justiça dos Estados. Por onde vai, encontra manifestantes dispostos
a critícá-lo, a defender a atuação do juiz federal Sérgio Moro no
processo da Lava Jato e a cobrá-lo por reajustes maiores para os servidores do
Judiciário. Na tentativa de poupá-lo na manhã desta quarta-feira, o Tribunal de
Justiça do Distrito Federal montou um esquema especial de segurança. É que
Lewandowski participará da cerimônia de adesão do Tribunal deJustiça ao
projeto audiências de custódia, que prevê a apresentação de toda pessoa presa
em flagrante ao juiz em um prazo de 24 horas. Alguns desembargadores do
Tribunal foram orientados a chegar bem antes do horário da cerimônia para
escapar dos manifestantes.
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