Governo monta força-tarefa para tentar segurar vetos
Engana-se quem acha que o único problema da presidente
Dilma Rousseff nesta semana é traçar o plano de redução de ministérios. A
articulação política do Palácio do Planalto avaliou que há sério risco de vetos
que causam rombos bilionários nas contas públicas serem derrubados na sessão do
Congresso agendada hoje. Por isso, Dilma mobilizou ministros, conversou com
governadores e apelou ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Ela pediu ao
peemedebista que não realize a sessão desta terça-feira. Mesmo no Senado, onde
o governo tinha uma maior estabilidade, o diagnóstico é que o Planalto pode
sair derrotado.
Renato Duque está próximo de fechar delação premiada
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque
finalmente abriu o jogo ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal,
justamente no dia em que foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão por
corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Duque, que está
preso num presídio na região metropolitana de Curitiba, foi levado para a
carceragem da Polícia Federal na capital paranaense na tarde desta
segunda-feira. Acompanhado de seu advogado Sérgio Riera, ele se reuniu com
investigadores para dar mostras de qual é seu poder de fogo num provável acordo
de delação premiada.
Cunha diz que responderá sobre pedidos de impeachment até
amanhã
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que decidirá até
quarta-feira (23) os questionamentos da oposição sobre o rito que irá adotar no
pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Tive
reuniões com a consultoria. Eles me trouxeram um esboço. Debatemos, eu
critiquei e ficaram de corrigir. Minha ideia é ter tudo concluído até
amanhã".
Segundo
ele, serão entregues cópias da decisão "para todos que queiram" e, na
quinta (24), ele lerá o documento em plenário. "Como é uma coisa muito
grande e complexa, é melhor distribuir cópia antes e ler na quinta"
Dólar sobe 1,7% e chega a atingir R$ 4,06, maior cotação da
História
O dólar registra nesta terça-feira sua maior cotação
desde a criação do Plano Real, em 1994, ultrapassando a barreira dos R$ 4. O
dólar comercial opera em alta de 1,75%, cotado a R$ 4,050 para compra e a R$
4,052 para venda. Na máxima da sessão, a divisa já atingiu R$ 4,068. Na Bolsa
de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações operam em forte queda, com 58 dos
64 papéis que compõem o Ibovespa em terreno negativo. O índice de referência
Ibovespa recua 2,32%, aos 45.545 pontos, seguindo os mercados internacionais,
que registram baixa intensa com incertezas acerca do crescimento global. As
ações preferenciais da Petrobras chegaram a cair mais de 6%, atingindo a mínima
de R$ 6,81 — menor cotação registrada durante um pregão desde agosto de 2003
O lobista Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura fechou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal nesta segunda-feira. Ele é acusado de ter se associado ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, para obter vantagens ilíticas em contratos da Petrobras. A delação deve complicar ainda mais a situação de Dirceu na Operação Lava-Jato. Em função do acordo, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, deu prazo adicional de cinco dias para que os advogados do ex-ministro formulem resposta preliminar à denúncia, apresentada à Justiça no último dia 4.
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