Sem oposição, CCJ do Senado aprova CPI 'ampliada'.
Sob protestos da oposição, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado aprovou nesta manhã, em votação simbólica, a proposta de se instalar a
CPI "ampliada" da Petrobrás. Os oposicionistas fizeram questão de não
participar da votação do parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR), favorável a
investigar a estatal e ao mesmo tempo casos que envolvem o PSDB de Aécio Neves
e o PSB de Eduardo Campos. Essa decisão deve ser analisada esta tarde pelo
plenário do Senado.
Desde terça-feira, quando iniciou a discussão na CCJ, os oposicionistas
criticam a ação da base aliada de não permitir a instalação da CPI do Senado
para investigar exclusivamente as suspeitas que pairam contra a Petrobrás.
O principal foco da oposição era investigar a compra da refinaria de Pasadena,
no Texas (EUA). Conforme o Estado revelou, a presidente Dilma Rousseff, que na
ocasião presidia o Conselho de Administração da Petrobrás, votou a favor da
operação, mas alegou ter tomado a medida embasada em um resumo
"falho" e "incompleto"
Na sessão
desta quarta da CCJ, o debate entre base e oposição foi acalorado. O líder do
PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), defendeu a proposta de se incluir outros
assuntos no requerimento de criação da CPI da Petrobrás. "O que estamos
travando aqui é um debate eminentemente político. A oposição quer fazer uma CPI
da Petrobrás para transformar um palanque. Vamos para a CPI, mas vamos
investigar tudo", afirmou.
O líder do
PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), chamou a CPI proposta pela base
aliada de "chapa branca" e "diversionista". O senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que a base aliada, maioria no Senado, não
está respeitando o direito das minorias. "O que se está fazendo aqui é, na
prática, um estupro ao que diz a Constituição", criticou Randolfe.(Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário