Brasil vai pedir
extradição de Pizzolato
Interpol divulgou passaporte falso de Pizzolato |
O Ministério da Justiça
confirmou na tarde desta quarta-feira (5) a prisão do ex-diretor de marketing
do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele foi preso pela polícia da Itália,
onde estava foragido.
O ministério
disse ainda que encaminhará o pedido de extradição do brasileiro, que tem
cidadania italiana, ao STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido será feito
após a comunicação formal da PF ao Ministério da Justiça.
"Eu confirmo que
Pizzolato foi preso. Foi um trabalho de investigação conjunto da Polícia
Federal brasileira e colaboração total polícia italiana", afirmou o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Em entrevista
coletiva nesta tarde, Cardozo disse que "a prisão demonstra a competência
da Polícia Federal do Brasil e responde às criticas contra o órgão.
O ex-diretor do
BB foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão, em regime fechado, pelos
crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. No
julgamento de 2012, o Supremo concluiu que ele desviou, mediante empréstimos
fictícios, R$ 74 milhões do fundo Visanet, do Banco do Brasil -- dinheiro que
abasteceu o "valerioduto".
Um eventual
pedido de extradição feito pelo STF poderia ser negado pela Itália porque
Pizzolato tem cidadania italiana, e, conforme um tratado assinado entre os dois países, a
Itália não é obrigada a extraditar aqueles que têm dupla cidadania.
Questionado
sobre a possível dificuldade de extraditar Pizzolato por sua cidadania
italiana, o ministro da Justiça afirmou apenas que o governo brasileiro irá
pedir sua deportação.
"Seria uma
profunda deselegância um ministro da Justiça brasileiro tecer explicações sobre
questões que dizem respeito exclusivamente à Justiça italiana. Ao Brasil cabe
pedir extradição e assim o faremos", disse Cardozo. (Com UOL/conteúdo)
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