Governo eleva
teto para compra de imóvel
Visando
estimular a economia e, principalmente, o setor de construção civil, o governo
vai elevar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que o
trabalhador pode comprar utilizando seu saldo do FGTS, tanto à vista como financiado
dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que tem juros menores.
A medida
inicialmente vai valer para alguns Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e o Distrito Federal. Nos outros Estados, o valor máximo passará
para R$ 650 mil.
A diferença no
preço teto, segundo Julio Carneiro, chefe adjunto do departamento de regulação
do sistema financeiro do Banco Central, existe porque nos Estados destacados o
preço dos imóveis está mais alto.
Significa que os
imóveis pagos com o FGTS, de maneira geral, devem ter o mesmo padrão em todo
país.
"Houve um
crescimento maior no preço dos imóveis nessas cidades, os custos estão
maiores", disse.
A decisão e o
anúncio foram feitos nesta segunda-feira (30) em reunião do CMN (Conselho
Monetário Nacional) e vinha sendo reivindicada por construtoras há mais de dois
anos.
A alteração deve
ser publicada amanhã, mesmo dia em que passa a valer a nova regra.
A última
atualização do valor foi autorizada pelo governo em 2009, quando o teto passou
de R$ 350 mil para R$ 500 mil.
"A decisão
foi tomada porque consideramos esse o melhor momento. Esse limite está em vigor
desde 2009 e nesse período teve alteração em alguns índices, como inflação e
índice da construção civil", disse Julio Carneiro.
Ele informou
também que não há, no momento, discussão para que a regra possa ser estendida
às pessoas que compraram seus imóveis antes da aplicação da medida.
"O
Ministério do Trabalho é o órgão curador do Fundo, eu não posso interpretar
aqui como FGTS vai entender [a mudança de regras]", disse.
Julio Carneiro
disse também que o governo não acredita que a medida vá causar uma aceleração
no preço dos imóveis.
"Esse
mercado acelerou muito rápido, mas agora cresce a um ritmo condizente com a
economia. Acreditamos que não vai dar um boom, nem uma restrição. Vai manter a
trajetória que está seguindo", explicou. (Com Folha/conteúdo)
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