Médicos
fazem protesto nacional amanhã
Entidades
médicas devem fazer uma manifestação nacional de médicos nesta quarta-feira,
dia 3 de julho. O protesto, segundo a entidade, é feito por conta da decisão do
governo federal de trazer médicos do exterior para que trabalhem no SUS
(Sistema Único de Saúde).
Segundo
as associações, os serviços de urgência e emergência não serão afetados. Em São
Paulo, as entidades planejam uma passeata. A concentração será às 16h na sede
da AMB (Associação Médica Brasileira), na rua São Carlos do Pinhal (região
central de SP). De lá, o grupo seguirá até a sede da Presidência da República,
na avenida Paulista.
O
ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou que para fixar médicos estrangeiros
e brasileiros no interior do país e nas periferias vai pagar um salário de R$
10 mil. A expectativa é que o polêmico programa de atração de médicos, citado
pela presidente Dilma Rousseff como resposta "à voz da rua", seja
lançado na próxima semana.
O
governo trabalha com um número próximo a 10 mil médicos que podem ser atraídos
pelo edital, a ser lançado nos próximos dias. O número exato de vagas a serem
ofertadas ainda será fechado, a depender do interesse dos municípios.
Segundo
os médicos, o problema de falta de profissionais da saúde em áreas remotas do
país não ocorre porque não há médicos e, sim, por falta de investimentos do
governo federal. Eles defendem a implementação de uma carreira federal médica.
"Existem
cidades brasileiras com uma proporção médico/habitante maior do que em países
europeus. E como estão as emergências públicas dessas cidades? Vamos focar no
que é melhor para a população brasileira", diz Floriano Cardoso,
presidente da AMB.
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