terça-feira, 26 de março de 2013



Bom Dia!

São 241 anos comemorados hoje por Porto Alegre. Não é muito, mas 62 deles eu curti. Cheguei aqui quando tinha nove anos, hoje estou com 71. Posso garantir que conheci uma Porto Alegre bem diferente da de hoje.
Só para exemplificar, quando chegamos aqui, fomos morar na Avenida Praia de Belas. A casa nem existe mais. No local está a Loja Maçônica, bem em frente ao Corpo de Bombeiros. Pois naquele tempo, a Praia de Belas não tinha calçamento e bastava a gente atravessar a rua para brincar na areia do rio. O Guaíba era rio, naquela época. Hoje teimam em transformá-lo em lago.

Depois fomos morar na Rua Intendente Alfredo Azevedo, na Glória. Lá também não havia calçamento, que só chegou quando passou a ser itinerário de uma linha de ônibus. Telefone, naqueles dias, só no bar Ponto Chic, que ficava na esquina da Intendente com a Oscar Pereira. Em frente à Igreja, que está lá até hoje, havia o Cine Teatro Glória que, demolido, deu lugar a um estacionamento de ônibus.

Moramos na Azenha, onde convivi com o bonde e com o troley-bus. Mais tarde, fomos para a Olavo Bilac, morar num apartamento enorme.

Se fosse lembrar de tudo o que mudou nestes 62 anos, ficaria dias contando histórias, aqui. Quem sabe, aos poucos, vou falando nas mudanças que vi ocorrerem em Porto Alegre.

Hoje quero apenas falar da minha alegria, do meu orgulho de ser quase um porto-alegrense. Aqui, na realidade, comecei e aprendi a viver. Sai criança da minha querida São Gabriel e vim encontrar, em Porto Alegre, minha profissão, meus amigos, meus amores, meus filhos e netos. Porto Alegre abriu os braços para mim quando eu tinha nove anos. Tenho, desde então, procurado corresponder a oportunidade que ela me deu. Então, me sinto muito à vontade para dizer que estou feliz, muito feliz com os 241 desta Capital que conserva, mesmo em meio ao progresso que brota vertiginosamente, seu ar interiorano e hospitaleiro. E, para permanecer com o que os porto-alegrenses, daqui ou de fora, como eu gostam de afirmar, repito: Porto Alegre, eu curto, eu cuido.



Sei que estou sendo até repetitivo, mas não tenho como homenagear Porto Alegre, no seu aniversário, a não ser reproduzindo a música que mais nos identifica com ela. Então fiquem com Isabela Fogaça e a maravilhosa Porto Alegre é Demais, do José Fogaça, ao mesmo tempo em que desejo a todos um Bom Dia!


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