Na véspera da
divulgação do relatório da CPI que investiga seu envolvimento com políticos e
empresários, o bicheiro Carlinhos Cachoeira recebeu nesta terça-feira uma boa
notícia.
Após 265 dias preso, a juíza Ana Claudia Barreto, da 5ª Vara Criminal
do Distrito Federal, decidiu soltar o contraventor após condená-lo a uma pena
de 5 anos de prisão por tráfico de influência e formação de quadrilha. Como a
punição é inferior a 8 anos, Cachoeira cumprirá a sentença em regime semiaberto.
Acusado de
comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em
29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que
Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe
pedia propina.
Entre idas
e vindas de recursos, Cachoeira quase foi solto no dia 15 de outubro, após o
desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1),
ter concedido um habeas-corpus a favor do
bicheiro. No entanto, ele permaneceu no presídio da Papuda, em Brasília, por
conta de outro processo decorrente da Operação Saint-Michel, da Polícia Civil
do Distrito Federal.
A
Saint-Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo e apura uma suposta
tentativa do grupo comandado por Cachoeira para fraudar licitações de
bilhetagem eletrônica no sistema de transportes de Brasília e entorno. Foi com
base nesse processo que a juíza Ana Cláudia Barreto condenou Cachoeira pelos
crimes de tráfico de influência e formação de quadrilha.
Cachoeira
cumpre a pena na penitenciária da Papuda. A direção do presídio informou que
ainda não foi notificada da decisão da Justiça, mas que a lista dos alvarás de
soltura deve chegar por volta das 23h.(Com Terra)
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