Joaquim Barbosa passa a
falar sobre as acusações imputadas a Delúbio Soares. "O papel de Delúbio
na trama está bem evidenciado nos autos".
"Dele partia o
comando final sobre quem deveria receber os valores a serem pagos através da
engenharia criminosa", diz o ministro sobre o ex-tesoureiro do PT.
Quanto aos réus Cristiano
Paz e Ramon Hollerbach, sócios de Valério, o relator afirma: "efetivamente
se utilizaram de sua agência para atender à solicitação do PT".
Segundo Barbosa, Marcos
Valério, seus sócios e Simone Vasconcelos (gerente-financeira da SMP&B),
"nesses crimes de autoria coletiva, estavam vinculados ao propósito
criminoso".
"Os três sócios
comungaram do desígnio de atender aos interesses do PT para fortalecer o
partido e, assim, manter a parceria da empresa ante o governo federal",
diz o ministro.
Sobre o réu Rogério Tolentino, o relator diz que "efetuou
transferências milionárias dos recursos obtidos pelos empréstimos para a
corretora Bônus Banval e para a empresa 2S Participações, de Valério"
Ministro, que absolve Geiza da acusação de corrupção ativa.
"Ele é acusado de
corrupção ativa, mas sem o concurso com os demais agentes cujas condutas já
foram julgadas", diz o ministro.
Agora, o relator analisa
a conduta do réu Anderson Adauto, ex-ministros dos Transportes.
Segundo a denúncia, Adauto recebeu R$ 950 mil do valerioduto e
teria intermediado a compra de apoio político do PTB.
O ministro Joaquim Barbosa diz que Anderson Adauto confirmou, em
seu primeiro depoimento, contato com o ex-deputado do PTB Romeu Queiroz.
"É fato que Queiroz recebeu, sim, os recursos, os R$ 300
mil, mas eu sinceramente tenho dúvida da eficácia dessas supostas gestões de
Adauto para a concretização deste pagamento", diz Barbosa.
Barbosa condena José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino, Marcos
Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino e Simone
Vasconcelos por corrupção ativa.
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