quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Genoino entrega cargo no governo
Um dia depois de ser condenado pela prática de corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente do PT, José Genoino, anunciou nesta quarta-feira que entrega seu cargo no governo Dilma Roussef. Genoino era assessor especial do Ministério da Defesa desde março de 2011. A pasta é comandada por Celso Amorim.
O anúncio foi feito por meio de uma carta, lida por Genoino à imprensa na porta de uma reunião da executiva nacional do partido, em São Paulo. “Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes”, diz o réu condenado. José Dirceu também é esperado no encontro. 
Em uma série de impropérios desferidos contra a mais alta corte da Justiça brasileira, Genoino afirma: “A Corte errou. A Corte foi, sobretudo, injusta. Condenou um inocente. Condenou-me sem provas.” A carta traz logo em sua abertura a frase do cândido poeta gaúcho Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho.”
 Com o anúncio de que Genoino deixará o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa, a expectativa é que, nos próximos dias, ele se reúna com o ministro Celso Amorim para formalizar sua exoneração. O agora condenado réu do mensalão estava de licença médica para se submeter a um cateterismo, mas o prazo de afastamento expiraria nesta quarta-feira.
 O ministro Celso Amorim nega ter sido pressionado pelo Palácio do Planalto para exonerar Genoino de suas funções e não pretende levar a público críticas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de condenar o petista pelo crime de corrupção ativa. 
A auxiliares, Amorim credita ao trabalho do ex-presidente do PT as negociações para a criação da Comissão Nacional da Verdade, grupo de trabalho responsável por analisar violações aos direitos humanos ocorridos no período da ditadura militar.(Com VEJA online)

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