Ministros acreditam em condenação de Dirceu
Com os três votos contundentes já
apresentados, membros da corte estão convictos de que o ex-ministro não escapa
da condenação por corrupção.
A densidade dos primeiros três votos favoráveis à condenação do
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu aumentou, entre os ministros do Supremo
Tribunal Federal, a convicção de que ele será condenado por corrupção ativa por
um placar dilatado. A expectativa é que oito ministros votem pela condenação e
dois pela absolvição.
Junto com o ex-capitão do time do primeiro mandado do
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser considerados culpados pelo
crime o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio
Soares. O julgamento será retomado nesta terça-feira e a previsão é de que o
resultado sobre os casos dos políticos que integravam a cúpula petista no
governo Lula saia ainda esta semana.
Além da pena que deverá ser fixada pelo STF ao final do
julgamento, os condenados passarão a ser considerados "fichas sujas".
Ou seja, como consequência da decisão, ficarão inelegíveis pelo período de oito
anos, conforme estabelece a Lei da Ficha Limpa.
Até agora, quatro dos dez ministros do STF já votaram. Por
enquanto, existem três votos para condenar José Dirceu e Genoino e quatro para
punir Delúbio Soares.
O julgamento será retomado com os votos dos ministros Dias
Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello e do
presidente, Carlos Ayres Britto. A expectativa é de que a maioria siga a
conclusão do relator, Joaquim Barbosa, que aceitou as acusações do Ministério
Público Federal segundo as quais José Dirceu foi a principal figura e o autor
intelectual do mensalão. Para ele, o escândalo ocorreu dentro do Planalto.
A expectativa também entre os integrantes da Corte é que
um segundo voto pela absolvição de Dirceu seja dado pelo ministro Dias
Toffolli, que foi advogado do PT e subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil
durante a gestão do petista.
O advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa José
Dirceu, sustenta que "não há nenhuma prova" contra seu cliente,
"Conforme disse o próprio procurador-geral da República (Roberto Gurgel)
ao afirmar que as provas eram tênues", afirmou o criminalista. (Com Agência Estado).
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