segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mensalão

Lavagem de dinheiro - 3
Como funcionava o esquema:
Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, indicava os recebedores, segundo revelou Valério em depoimento lido por Barbosa. O dinheiro tinha que ser entregue em espécie, já que não havia operação contabilizada. Os recursos não podiam transitar nas contas ou na contabilidade do PT. O Banco Rural aceitou o esquema e passaria para a agência de Brasília o nome dos recebedores, disse Marcos Valério.
Barbosa diz que a funcionária de Valério, Geisa Dias, recebia o nome a quem deveria ser feito o pagamento e repassava a Simone Vasconcelos, que obtia a quantia. Para Barbosa, tanto Ramon Rollembach quanto Cristiano Paz sabiam dos recursos e agiram para ocultar os valores ilícitos. Diz que eles aturam nas fraudes das agências e na simulação dos empréstimo.
“Em 2 anos de altíssimos saques, nenhum recebedor contou a quantia recebida, apenas limitando-se a abrir uma bolsa e jogar o dinheiro dentro".
Barbosa cita a participação de José Borba (PMDB) e o pagamento de R$ 200 mil feito a ele pelas empresas de Valério. O relator cita também a participação de Jacinto Lamas, e os valores pagos pelas funcionárias de Valério a ele em um hotel de Brasília.
Geisa Dias era responsável por passar ao Banco Rural o nome dos beneficiários, diz Barbosa. Ele ressalta que a "quadrilha" tinha uma divisão de tarefas e que a busca pela ocultação dos valores e de seus beneficiários era objetivo de todos os integrantes do esquema. Ao afirmar que Geisa Dias, funcionária de Valério, contratou um carro-forte para transportar dinheiro do Banco Rural até a sede da empresa, Barbosa confundiu e disse que uma pessoa inclusive recebeu dinheiro que havia sido levado "no carro-chefe".
(Segue)

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