O maior estudo já feito sobre formas de prevenção do Alzheimer concluiu
que o extrato de ginkgo biloba, fitoterápico indicado para melhorar a cognição de idosos, não reduz de
forma significativa o risco de essas pessoas desenvolverem a demência.
A pesquisa, publicada nesta quinta-feira na
revista The Lancet Neurology,
reforça os resultados de um trabalho feito em 2009 que também mostrou que
indivíduos mais velhos que já apresentam alguma queixa de memória não se
beneficiam com a planta.
A pesquisa selecionou 2.854 pessoas com mais de 70 anos de
idade que já tinham se queixado com um médico sobre problemas de memória. Parte
desses idosos ingeriu, ao longo de cinco anos, uma dose de 120 miligramas de
ginkgo biloba duas vezes ao dia. O restante recebeu doses de placebo, mas
nenhum participante tinha conhecimento sobre qual era a substância que estava
tomando. Durante todo o estudo, os pesquisadores avaliaram a memória, a função
cognitiva e a incidência de demência entre os pacientes.
Ao final da pesquisa, 4% dos participantes que haviam
recebido doses de ginkgo biloba foram diagnosticados com a doença de Alzheimer,
enquanto essa incidência entre o grupo do placebo foi de 5% — uma diferença
estatisticamente insignificante, de acordo com os autores. Também não foi
identificada variação quanto ao risco de acidente vascular cerebral (AVC) e de
mortalidade. Segundo Vellas, porém, ainda é preciso determinar os efeitos do
ginkgo biloba a longo prazo.
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