terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: nono dia - 2

O advogado Pierpaolo Bottini, defensor do ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), é chamado para falar. Segundo o Ministério Público, o então líder do governo na Câmara retirou R$ 20 mil do valerioduto.
Das 138 páginas da denúncia, apenas 4 paragráfos tratam do Professor Luizinho, diz a defesa. O advogado diz que não houve dolo no saque e que todos os depoimentos apontam na "exoneração" do Professor Luizinho do caso.
Absolvido em processo de cassação na Câmara em 2005, o deputado Luizinho justifica o saque de R$ 20 mil do valerioduto. O advogado diz que ser líder do governo não representa indício de ter participado de nenhum esquema como o mensalão. Professor Luizinho era líder do PT na Câmara na época do mensalão.
Os R$ 20 mil sacados por Luizinho eram para um assessor, diz o advogado. Ele afirma que o próprio Luizinho não se beneficiou do dinheiro e que o assessor usou os recursos na própria campanha para vereador. "O Ministério Público não fez provas contra ele e não o fez porque não tinha como fazer", afirmou.
A estratégia da defesa de Professor Luizinho é admitir que ele recebeu R$ 20 mil de Marcos Valério. O advogado, no entanto, argumenta que a denúncia não comprova que o dinheiro teria uma origem ilícita. “A origem criminosa dos recursos em nenhum momento esteve em questão. Imaginar que vinha de um crime contra a administração pública ou o sistema financeiro nacional é demais”, afirma

O advogado Luís Maximiliano Leal Telesca Mota é chamado para defender a assessora do ex-deputado Paulo Rocha, Anita Leocádia. Ele começa cumprimentando os ministros e o ministro relator, Joaquim Barbosa, que não está no plenário.
O advogado de Anita Leocádia, assessora do ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) à época do mensalão, afirma que a cliente dele cumpriu ordens do chefe ao sacar dinheiro repassado por Marcos Valério e que era para pagar dívidas. Segundo o defensor, fornecedores do PT teriam passado a cobrar o partido após a campanha eleitoral.
“Os valores por ela recebidos foram usados para pagar contas de campanha. Ela não teve dolo de lavar dinheiro. Ela não sabia. Houve ausência de conhecimento de praticar qualquer crime".
O advogado lê trechos de uma entrevista do delegado do caso do mensalão na PF ao jornal "Folha de S. Paulo" dizendo que houve injustiça, por parte da denúncia, com secretárias que apenas cumpriram ordens, como Anita Leocadia. "Uma coisa é certa, praticamente certa. O MPF não provou que Anita sabia da procedência do dinheiro e dos crimes antecedentes", afirma Telesca Mota.

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