Começa o nono e penúltimo dia de apresentação dos argumentos de
defesa dos advogados dos réus do mensalão. O ministro Ayres Britto chama o advogado João dos Santos
Gomes Filho, defensor do ex-deputado petista Paulo Rocha (PA) para a defesa.
O advogado começa
elogiando o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmando saber que
ele atuou como advogado. E critica a decisão do STF de não desmembrar o
processo. O MPF acusa Paulo Rocha, então líder do PT na Câmara, de receber R$
820 mil do “valerioduto”.
O advogado tenta
provar que o ex-deputado não cometeu o crime de lavagem de dinheiro. Ressalta
que, para haver lavagem, é preciso a comprovação de um crime antecedente.
"Na denúncia, nenhum dos três núcleos do mensalão recepciona a pessoa de
Paulo Rocha. Ele não participa de nenhum dos três núcleos", diz Gomes
Filho.
Como outros réus, a
defesa de Paulo Rocha tenta convencer os ministros do STF de que o dinheiro que
o ex-deputado teria recebido de Marcos Valério foi empregado na quitação de
dívidas de campanhas eleitorais. "Está fartamente comprovado nos autos o destino
que ele deu para o dinheiro", diz ele.
Na denúncia, o MPF
alega que Paulo Rocha usou sua assessora Anita Leocádia para sacar R$ 420 mil
do Banco Rural, em uma tentativa de ocultar a origem dos recursos. Segundo o
advogado, a assessora era alguém de confiança e não havia conhecimento do
ex-deputado de que a quantia era ilegal. "Por que cargas d´água uma cidadã
vai em um banco e se identifica para fazer um crime?", questiona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário