terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: nono dia - 1
Começa o nono e penúltimo dia de apresentação dos argumentos de defesa dos advogados dos réus do mensalão. O ministro Ayres Britto chama o advogado João dos Santos Gomes Filho, defensor do ex-deputado petista Paulo Rocha (PA) para a defesa.
O advogado começa elogiando o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmando saber que ele atuou como advogado. E critica a decisão do STF de não desmembrar o processo. O MPF acusa Paulo Rocha, então líder do PT na Câmara, de receber R$ 820 mil do “valerioduto”.
O advogado tenta provar que o ex-deputado não cometeu o crime de lavagem de dinheiro. Ressalta que, para haver lavagem, é preciso a comprovação de um crime antecedente. "Na denúncia, nenhum dos três núcleos do mensalão recepciona a pessoa de Paulo Rocha. Ele não participa de nenhum dos três núcleos", diz Gomes Filho.
Como outros réus, a defesa de Paulo Rocha tenta convencer os ministros do STF de que o dinheiro que o ex-deputado teria recebido de Marcos Valério foi empregado na quitação de dívidas de campanhas eleitorais. "Está fartamente comprovado nos autos o destino que ele deu para o dinheiro", diz ele.
Na denúncia, o MPF alega que Paulo Rocha usou sua assessora Anita Leocádia para sacar R$ 420 mil do Banco Rural, em uma tentativa de ocultar a origem dos recursos. Segundo o advogado, a assessora era alguém de confiança e não havia conhecimento do ex-deputado de que a quantia era ilegal. "Por que cargas d´água uma cidadã vai em um banco e se identifica para fazer um crime?", questiona.

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