segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: oitavo dia - 1
Começa a  8ª sessão do julgamento do mensalão. O advogado Bruno Alves Pereira de Mascarenhas Braga é chamado para defender o ex-deputado Bispo Rodrigues.
Bispo Rodrigues foi acusado pelo MPF de receber R$ 150 mil do valerioduto para votar a favor do governo no Congresso. Usou para isso, conforme a denúncia, o motorista de outro parlamentar para sacar os recursos na "boca do caixa". Ao Supremo, ele negou a venda de votos e justificou a quantia como empréstimo para saldar dívidas de campanha em 2002. Renunciou ao mandato em 2005 para evitar a cassação. O advogado destacou que Carlos Rodrigues não utiliza mais o nome "Bispo Rodrigues", porque não exerce mais a função de bispo..
“Carlos Rodrigues nunca negou receber esse dinheiro, mas não veio do valerioduto, veio do Partido dos Trabalhadores, com destinação diferente da imaginada pela acusação. Era para pagamento de dívidas de campanha das eleições presidenciais de 2002”
O advogado diz que o MPF baseia a acusação na testemunha de apenas uma pessoa: Célio Siqueira, que recebeu o dinheiro para o ex-deputado. Ele destaca que Carlos Rodrigues recebeu R$ 150 mil do PT, mas que o dinheiro era para saldar dívidas de campanha e não para garantir apoio a projetos de interesse do governo federal.
O advogado contou que Carlos Rodrigues mobilizou as bases do PL em todo o país para apoiar a campanha de Lula. Foram gastos, segundo o advogado, milhares de reais em folhetos e santinhos. Para saldar as dívidas, ele procurou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que disse não ter, naquele momento, recursos para saldar as dívidas. Em 2003, Costa Neto lhe enviou um bilhete, afirmando que receberia R$ 150 mil para as dívidas.
”Os valores destinados a Carlos Rodrigues, ao contrário do que diz o Procurador-Geral da República, eram para dívida que o PT tinha com o PL da campanha de 2002"

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