Começa a 8ª sessão do julgamento do mensalão. O
advogado Bruno Alves Pereira de Mascarenhas Braga é chamado para defender o
ex-deputado Bispo Rodrigues.
Bispo Rodrigues foi acusado pelo MPF de receber R$ 150 mil do
valerioduto para votar a favor do governo no Congresso. Usou para isso,
conforme a denúncia, o motorista de outro parlamentar para sacar os recursos na
"boca do caixa". Ao Supremo, ele negou a venda de votos e justificou
a quantia como empréstimo para saldar dívidas de campanha em 2002. Renunciou ao
mandato em 2005 para evitar a cassação. O advogado destacou que Carlos
Rodrigues não utiliza mais o nome "Bispo Rodrigues", porque não
exerce mais a função de bispo..
“Carlos Rodrigues nunca negou receber esse dinheiro, mas não
veio do valerioduto, veio do Partido dos Trabalhadores, com destinação
diferente da imaginada pela acusação. Era para pagamento de dívidas de campanha
das eleições presidenciais de 2002”
O advogado diz que o MPF baseia a acusação na testemunha de
apenas uma pessoa: Célio Siqueira, que recebeu o dinheiro para o ex-deputado.
Ele destaca que Carlos Rodrigues recebeu R$ 150 mil do PT, mas que o dinheiro
era para saldar dívidas de campanha e não para garantir apoio a projetos de
interesse do governo federal.
O advogado contou que
Carlos Rodrigues mobilizou as bases do PL em todo o país para apoiar a campanha
de Lula. Foram gastos, segundo o advogado, milhares de reais em folhetos e
santinhos. Para saldar as dívidas, ele procurou o presidente do PL, Valdemar
Costa Neto, que disse não ter, naquele momento, recursos para saldar as
dívidas. Em 2003, Costa Neto lhe enviou um bilhete, afirmando que receberia R$
150 mil para as dívidas.
”Os valores
destinados a Carlos Rodrigues, ao contrário do que diz o Procurador-Geral da
República, eram para dívida que o PT tinha com o PL da campanha de 2002"
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