quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: sexto dia - 2
O segundo advogado a falar é o defensor do ex-deputado Pedro Corrêa, Marcelo Leal de Lima Oliveira, que começa a defesa lendo trecho de Umberto Eco sobre uma imagem invertida, fora do espelho. 
O advogado começa a falar sobre o núcleo político do mensalão. O ex-deputado do PP Pedro Corrêa é acusado de receber dinheiro do PT para votar com o governo. Segundo ele, a acusação do MPF, usa "um espelho côncavo, para distorcer o objeto". Ele diz que não há descrição de conduta ao réu.
Ninguém pode ser condenado por aquilo que não foi acusado. E ele não foi acusado de qualquer relação com as empresa Bônus Banval ou Natimar (corretoras de valores supostamente usadas para o mensalão). Ele sequer conhecia as pessoas envolvidas com elas
O advogado de Pedro Corrêa é o segundo, dentre os integrantes da defesa, a reclamar da falta do uso de "audiovisual". O STF não permitiu aos defensores o uso de Power Point. Leal queria mostrar tabelas de recursos pagos por Valério a deputados, segundo a acusação.
Para Marcelo Leal, o MPF 'ignorou" outros 17 nomes de pessoas que receberam dinheiro de Marcos Valério e "deixou de denunciar" essas pessoas por não acreditar na lista de pagamentos fornecida por Valério.
O advogado confirma que o PP recebeu o dinheiro do PT em 2003, mas nega que os recursos sejam para a compra de votos. Segundo ele, "transferência ocorreu, mas era para um acordo de campanha política entre os dois partidos" para as eleições municipais de 2004
O PP, na época, era formado essencialmente por deputados federais. Ele não possuía um senador, um governador. Naquela época, o número de parlamentares federais era o que contava para o fundo de TV e rádio. O mandato de cada parlamentar era caro para o partido. (...) Foi nesse contexto que PP e PT iniciam as tratativas de união para as eleições de 2004"

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