Terceiro defensor a
falar, é chamado à tribuna José Antonio Duarte Alvares, advogado do ex-deputado
Pedro Henry.
O parlamentar é acusado de participar de negociações que
resultaram no repasse de R$ 3 milhões da corretora Bônus Banval para o PP. Era
o líder do partido entre 2003 e 2004 na Câmara.
Alvares diz que o pai lhe
ligou falando que ouviu o procurador-geral da República falando no julgamento e
que a defesa teria dificuldades. O pai, diz, tem 85 anos e se mostrou
convencido com o que foi exposto pelo MPF. O advogado disse que pediu ao pai
para fazer um juízo de valor sobre o caso após exposição da defesa.
Os senhores,
seus ministros, são os baluartes da defesa da Constituição. Diferente do povo
em geral, aqui, tem que se pesar por todo o rigor constitucional possível. Eu
acredito na conduta de vossas excelências e acredito que os preceitos
constitucionais estarão acima de pressão ou opinião pública.
O advogado cita depoimentos
de que Pedro Henry participou de uma reunião com o PT para negociar uma união
política, e não financeira. Reitera que o PP não recebeu recursos no período em
que houve votações sobre temas que o PP tinha preocupações.
O Ministério
Público quis tornar um dinheiro limpo, sujo. Não se pode lavar dinheiro limpo
José Alvares lê trecho de um voto do ministro Celso de Mello sobre
um habeas corpus em relação a acusações. O texto do ministro diz que não
compete ao réu comprovar sua inocência, mas ao MP provar que o crime foi
cometido pelo acusado.
José Alvares pediu a
absolvição do deputado Pedro Henry, afirmando que os fatos narrados na denúncia
não existiram. O presidente do STF, Ayres Britto, suspendeu a sessão.
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