quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: sexto dia - 3
Terceiro defensor a falar, é chamado à tribuna José Antonio Duarte Alvares, advogado do ex-deputado Pedro Henry. 
O parlamentar é acusado de participar de negociações que resultaram no repasse de R$ 3 milhões da corretora Bônus Banval para o PP. Era o líder do partido entre 2003 e 2004 na Câmara.
Alvares diz que o pai lhe ligou falando que ouviu o procurador-geral da República falando no julgamento e que a defesa teria dificuldades. O pai, diz, tem 85 anos e se mostrou convencido com o que foi exposto pelo MPF. O advogado disse que pediu ao pai para fazer um juízo de valor sobre o caso após exposição da defesa.
Os senhores, seus ministros, são os baluartes da defesa da Constituição. Diferente do povo em geral, aqui, tem que se pesar por todo o rigor constitucional possível. Eu acredito na conduta de vossas excelências e acredito que os preceitos constitucionais estarão acima de pressão ou opinião pública.
O advogado cita depoimentos de que Pedro Henry participou de uma reunião com o PT para negociar uma união política, e não financeira. Reitera que o PP não recebeu recursos no período em que houve votações sobre temas que o PP tinha preocupações.
O Ministério Público quis tornar um dinheiro limpo, sujo. Não se pode lavar dinheiro limpo
José Alvares lê trecho de um voto do ministro Celso de Mello sobre um habeas corpus em relação a acusações. O texto do ministro diz que não compete ao réu comprovar sua inocência, mas ao MP provar que o crime foi cometido pelo acusado.
José Alvares pediu a absolvição do deputado Pedro Henry, afirmando que os fatos narrados na denúncia não existiram. O presidente do STF, Ayres Britto, suspendeu a sessão.

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