terça-feira, 5 de junho de 2012

Opinião

É mentira, Terta?
Quem se preocupa em ler, ouvir ou ver, atentamente, o noticiário sobre o que está acontecendo na política brasileira, certamente haverá de ficar espantado com a quantidade de inverdades, para usar um termo brando, nas declarações das pessoas. Cada um usa da informação de maneira que melhor satisfaça suas intenções. Ou para benefício próprio, para ajudar alguém ou alguma coisa e, o que é mais comum, para defender suas preferências partidárias e ideológicas.
Agora mesmo, com a CPI do Cachoeira, o que tem saído de declaração inverídica é um espanto. Confesso que chego a pensar, repito pensar, que algumas pessoas são mal intencionadas. Tomara que eu esteja errado.
Li no Blog Periscópio, do jornalista Érico Valduga, um comentário sobre a entrevista que o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) o gaúcho Celso Schröder concedeu ao site Sul21. Nela, o jornalista faz graves acusações à revista VEJA, baseado em “mais de 200 gravações grampeadas pela Policia Federal entre o editor da revista e Carlinhos Cachoeira”. Schröder afirma que a revista deve esclarecimentos aos brasileiros.
Lembra o Valduga, em seu blog, que os dois delegados da PF que prestaram depoimento na CPI, afirmaram que não passaram de duas, repito, duas as gravações grampeadas e que elas mostravam, única e exclusivamente, que o jornalista somente buscava informações para suas reportagens. Assim, o presidente da FENAJ, teria faltado com a verdade, provavelmente em defesa de suas convicções ideológicas. É bom lembrar que Lula encabeçou uma campanha contra a revista nos últimos meses.
O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), depois de confirmar que seu partido havia elaborado um “documento definindo o alvo de seus parlamentares na CPI”, disse que não disse, que o documento apresentado pela VEJA não tinha a assinatura de ninguém. A revista publicou hoje, documento que prova que o tal “manual” foi elaborado e distribuído por dois funcionários do PT, na Câmara e no Senado. Faltou com a verdade, portanto, o deputado Tatto.
E assim por diante. É difícil, muito difícil, ler o noticiário e ter a convicção de que o que está escrito ali é a verdade. Diante de tantas, digamos assim, inverdades, lembrei do personagem Pantaleão, criado por Chico Anísio que, sempre que aplicava alguma mentira, perguntava para a mulher: “É mentira, Terta?”

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