sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dia Nacional da Triagem Neonatal
Teste do pezinho pelo SUS avança em diagnósticos e tratamentos
O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) vai comemorar o Dia Nacional da Triagem Neonatal neste ano, em 6 de junho, com um avanço importante na realização do teste do pezinho em recém-nascidos gaúchos. O hospital é o único no Rio Grande do Sul que faz o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2001, e agora, a partir desta sexta-feira, 1º de junho, passa a incluir a investigação de fibrose cística nos testes. Também conhecida como mucoviscidose, a doença afeta principalmente os sistemas respiratório e gastrointestinal.
Com esse acréscimo, o Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN) do HMIPV entra na Fase 3 do Programa Nacional de Triagem Neonatal. As Fases 1 e 2 englobam a detecção da fenilcetonúria (doença genética que pode intoxicar o cérebro quando o bebê ingere certos alimentos), do hipotireoidismo congênito (falta de função da glândula tireóide que pode ocasionar deficiência mental e somática nas crianças), além de alterações genéticas que acometem os glóbulos vermelhos do sangue – entre as quais, a mais comum é a anemia falciforme. Em breve, serão acrescentados também outros testes ao programa de triagem neonatal, que estão com implantação em fase de estudo. 
Sendo descobertas a tempo, quando ainda não surgiram os primeiros sintomas, as enfermidades identificadas pelo teste do pezinho podem ser tratadas de modo que os pacientes venham a ter boa qualidade de vida, mesmo que as doenças não sejam curadas. Por isso, o ideal é que a coleta de material para exame seja feita entre o terceiro e o sétimo dia de vida – prazo que deve ser cumprido também para os bebês prematuros ou doentes, durante a hospitalização. 
A triagem neonatal é um exame de laboratório simples (a partir de amostra de sangue retirada do calcanhar do bebê), que serve para diagnosticar precocemente doenças do metabolismo e enfermidades genéticas ou infecciosas que podem produzir lesões irreversíveis – como retardo mental. Para confirmar a suspeita das doenças pesquisadas, é preciso testar também as dosagens de sódio e cloro no suor do bebê. Como o resultado pode gerar dúvidas, às vezes é necessário analisar ainda a possibilidade de mutações genéticas. 
Atenção continuada - No Hospital Presidente Vargas, são realizados em torno de 10 mil testes por mês, em crianças nascidas em todo o Estado. O número de bebês atendidos equivale a pouco mais de 80% dos nascidos vivos no Rio Grande do Sul. No caso de bebês diagnosticados com distúrbios pelo teste do pezinho, a assistência à criança e à família tem início imediatamente e se estende ao longo da vida. 
Esse cuidado continuado é o que diferencia o serviço prestado pelo SUS do atendimento disponível na rede particular de saúde – que identifica a suspeita de doenças, mas deixa para os pais a tarefa de ir à procura de ajuda para confirmar os diagnósticos e, se necessário, encaminhar o tratamento. A atenção do SUS às crianças e suas famílias, a partir dos diagnósticos, envolve equipe interdisciplinar composta de vários profissionais, como médicos pediatras, endocrinologistas, hematologistas, pneumologistas, além de nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais. Para acolher todo o Rio Grande do Sul, o HMIPV se mantém articulado com serviços especializados externos, incluindo o Interior, por meio de parcerias com o Estado e os municípios.
Excelência - Atualmente, o Hospital Presidente Vargas presta assistência a 800 famílias – entre as quais, 600 com filhos diagnosticados com hipotireoidismo congênito, 100 com casos de fenilcetonúria e outras 100 com crianças em tratamento por anemia falciforme. “Nossa maior responsabilidade é buscar excelência e assegurar a qualidade no atendimento integral aos pacientes detectados”, enfatiza a médica pediatra Paula Regla Vargas, coordenadora do Serviço de Referência de Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul no HMIPV. Segundo ela, antes de 2001, quando o teste do pezinho não era feito pelo SRTN no Estado, menos de 40% dos bebês gaúchos tinham a possibilidade de ter diagnóstico precoce, e havia um alto índice de mortalidade de crianças portadoras das doenças falciformes.
  



Salário dos vereadores
A Câmara Municipal de Porto Alegre distribuiu nota sobre o aumento proposto para o salário dos vereadores. Conforme a nota, a proposta de reajuste de 5,1% é do presidente Mauro Zacher e não representa, necessariamente,  a vontade da maioria.
Informamos que a posição quanto à reposição do índice da inflação medido pelo IPCA (5,1%) na Mesa Diretora do Legislativo da Capital não é unânime, sendo esta a proposta do presidente da Câmara Municipal levada à Mesa e acompanhada por alguns de seus integrantes.
No entanto, alguns vereadores da mesa já emitiram publicamente suas divergências quanto ao percentual, cuja defesa varia de 0% ao teto constitucional de 75% dos subsídios do deputado estadual. 
A decisão da Mesa, contudo, é a de que o assunto seja deliberado antes de iniciado o período eleitoral, sendo o prazo sugerido pelo presidente para o envio do projeto ao plenário é o do próximo dia 18 de junho, momento em que as posições e emendas poderão ser defendidas e submetidas a apreciação do conjunto dos parlamentares presentes na sessão.

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