MPF suspeita que
ex-secretário de Paes
favoreceu empresa de sócio
de Lulinha
O Ministério Público
Federal (MPF) suspeita que em 2011, quando ocupava a Secretaria Municipal da
Casa Civil do Rio de Janeiro, o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ)
direcionou um contrato da prefeitura para favorecer uma empresa de Jonas
Suassuna, sócio do filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva (o
Lulinha). Segundo reportagem deste sábado (14) da Folha de S.Paulo, a Gol
Mobile, de Suassuna, recebeu R$ 10,9 milhões entre 2011 e 2014 pelos serviços
de envio de SMS da Central 1746, serviço de queixas da prefeitura, e de
tecnologia da informação. A gestão do município à época era de Eduardo Paes
(DEM).
Embora os contratos com a
prefeitura tenham sido firmados com a Oi e a Contax (à época ligada à companhia
telefônica), era a empresa de Suassuna, subcontratada, quem executava os
serviços e ficava com a maior parte do pagamento referente aos SMSs. O Tribunal
de Contas do Município aponta ainda indícios de superfaturamento em um dos
contratos. Ao jornal, o deputado negou direcionamento à Gol Mobile e disse não
conhecer o filho do ex-presidente. Suassuna não se manifestou, mas, há dois
anos, havia afirmado não ser responsável pelos termos do acordo entre a Oi e a
prefeitura. Paes também nega qualquer ato em favor da empresa.
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