Tem gente no Congresso que
acha
que é inimiga do criminoso. Mas não
Está uma correria na
Câmara dos Deputados por dinheiro de campanha, que é dinheiro dos nossos
impostos. O Senado acabou depenando aqueles absurdos que haviam sido incluídos,
na própria Câmara.
Alguns dos pontos
retirados foram: o que dizia que a gente tem que pagar advogados corruptos e
contadores que fazem caixa dois, passagens aéreas livres. Um dinheirão. Eram R$
4,5 bilhões e com as alterações foi reduzido para a mesma verba da última
eleição presidencial (R$ 1,7 bilhão).
O presidente do Senado,
Davi Alcolumbre, não gostou. Ele deu uma declaração dizendo que a campanha
municipal tem mais candidato e, por isso, gasta-se mais. São 5.570 prefeituras
e 57 mil vereadores. Eu imagino que serão uns 600 mil candidatos. Talvez seja
por isso que ele esteja preocupado, mas a Câmara só se dedicou a isso
praticamente.
Já o pacote anticrime...
No entanto, o pacote
anticrime do ministro Sergio Moro está sendo desidratado e o prazo para o grupo
de trabalho entregar uma conclusão foi prorrogado pela quarta vez. O novo prazo
é para daqui a 30 dias.
O pacote está sendo
desidratado, ou seja, tem gente no Congresso que acha que é inimiga do
criminoso. Mas não. Os inimigos dos criminosos somos nós, a lei e a polícia.
Eles parecem que são amigos.
Eles estão tirando coisas
para beneficiar o criminoso. Falam em direitos humanos, mas os direitos humanos
são os nossos direitos e não daqueles que atacam os nossos direitos.
Temos que lembrar também
que na Câmara está andando um projeto para pôr na Constituição, entre os
direitos fundamentais, o direito a defesa - que é um direito natural. Já
deveria estar na Constituição o direito de defesa como direito natural. Fizeram
tanta coisa nesses últimos anos que parece que quem tem direito a se defender é
o bandido, e não aqueles que são atacados pelos bandidos.
Enfim, o pacote Anticrime
está sendo desidratado, mas está o nosso dinheiro para financiar a próxima
campanha eleitoral está vitaminado no máximo possível.
Enquanto isso...
O Conselho de Política
Monetária, no Banco Central, baixou ainda mais a taxa básica de juros, a Selic
- a taxa de juros interbancários. Em janeiro de 2016, no caos do governo Dilma,
o valor estava em 14,25%. Agora está em 5,5%.
O último valor Selic era
de 6% e baixou para 5,5%. Uma redução de meio por cento, o que é uma redução
significativa. Esse é o menor patamar da história do país, mostrando que a
inflação está domada.
O Conselho de Política
Monetária fica farejando inflação para proteger a moeda. Esse é um sinal de que
as taxas de juros podem baixar, e isso é uma coisa boa.
Por fim...
É sempre depois, nunca
antes. Mas depois desse acidente no gerador do hospital Badim, no Rio de
Janeiro, - que causou incêndio e teve 14 mortes por intoxicação de fumaça - tem
que haver treinamento frequente de evacuação. O prédio demorou muito para ser
evacuado.
Além dos hospitais, esse
treinamento tem de acontecer em escolas, shoppings centers e em prédios
residenciais. Isso é rotina em países civilizados. Agora estão falando em
medidas depois do acontecimento, sempre depois, nunca antes. É sempre assim...
Depois do incêndio na
boate Kiss, em Santa Maria (RS), começou-se a falar de cuidados em boates. Meu
Deus do céu. Pobre país que não consegue se planejar. A gente planeja o que já
passou. Mas aí não adianta mais.
Alexandre Garcia
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