Discurso de Bolsonaro na
ONU
terá críticas a Venezuela e Cuba
O discurso que o
presidente Jair Bolsonaro prepara
para a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações
Unidas , no dia 24 em Nova
York , terá duras críticas ao regime de Nicolás Maduro na
Venezuela e Cuba como um dos pontos principais de sua fala. A defesa da
soberania do Brasil sobre a Amazônia ,
em uma resposta ao presidente francês Emmanuel
Macron , que disse que um debate sobre internacionalização da floresta estava "em aberto" ,
também deverá constar do texto, que está em fase de final de ajustes.
Os detalhes do discurso
foram discutidos na manhã desta quarta-feira com o deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), no Palácio da Alvorada.
A declaração de Bolsonaro
coincide com o pedido nesta quarta-feira de Julio Borges, comissário de
relações exteriores do líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó, para que os
países que participarão da Assembleia Geral da ONU aumentem “ainda mais” a
pressão contra o governo Maduro e Cuba.
O porta-voz da
Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse, também nesta quarta-feira, que o
presidente fará um discurso “de coração” e uma defesa do Brasil nas questões
envolvendo o meio ambiente.
— Ele vai apresentar o
nosso país e as nossas potencialidades e vai esclarecer de uma vez por toda
essas questão Brasil versus meio ambiente. O quanto o Brasil defende o meio
ambiente e vem fazendo, não de agora, já há muito, um processo de sustentação
ambiental que muitas vezes é desconhecido. Ou por desconhecimento da pessoa ou
até por não querer divulgar o que o Brasil vem fazendo em termos de proteção —
disse o porta-voz.
Rêgo Barros confirmou que a ida de Bolsonaro à ONU está “100%” certa .
Segundo ele, de ontem para hoje, houve uma melhora significativa na saúde do
presidente e não deixa mais “dúvida” sobre a viagem.
Segundo o porta-voz,
Bolsonaro caminhou 1.000 metros pela manhã e à tarde no Palácio do Alvorada e
recebeu o médico da Presidência, Ricardo Peixoto Camarinha, duas vezes. Rêgo
Barros confirmou também que a passagem por Dallas, no Texas, foi cancelada.
Bolsonaro se encontraria com empresários ligados ao setor militar dos Estados
Unidos no aeroporto.
O embarque da comitiva
brasileira está previsto para segunda-feira, dia 23, às 8h, com chegada em Nova
York às 16h. À noite, o presidente terá um jantar privado com empresários.
Inicialmente, a volta para o Brasil está confirmada para o dia 25, mas pode ser
antecipada para a noite do dia anterior.
Fonte: O Globo
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