Bolsonaro vai bem no G20
e
volta com ares de triunfo
O presidente Bolsonaro
voltou com ares de triunfo, como aqueles imperadores romanos depois de
campanhas vitoriosas no exterior.
Ele saiu daqui quase
escorraçado pelas notícias. Mas notícias de militância têm perna curta e não
tiveram fôlego para ir e voltar do Japão. Quando ele chegou lá, a militância se
deparou com os fatos e elas (as notícias) ficaram para trás.
Bolsonaro volta triunfante.
Conseguiu um acordo que vinha sendo desejado há 20 anos entre o Mercosul e a
União Europeia.
Os argentinos nunca
saudaram tanto o presidente Bolsonaro. A televisão argentina não parava de dar
essa notícia, atribuindo a ele essa conquista, que vai fazer bem para a
indústria, para o comércio e para o campo do Uruguai, da Argentina, do Paraguai
e, principalmente, do Brasil.
Além disso, ele conversou
com o secretário geral da OCDE, o clube dos países ricos e privilegiados.
Bolsonaro mostrou que tem a recomendação do Trump, esse também foi um grande
sonho brasileiro, que a gente não havia conseguido.
Bolsonaro e Trump
Disseram que o presidente
Bolsonaro ia ficar isolado, mas ele conversou com todo mundo, principalmente
com o presidente chinês e com o dos Estados Unidos.
Eu nunca vi nada igual
como a relação entre Bolsonaro e Trump. Na minha idade eu já vi o primeiro
encontro de Rooselvelt e Vargas, Truman e Dutra e depois Eisenhower e
Juscelino, vi pessoalmente Geisel e Jimmy Carter e, depois, a saudação de Obama
a Lula: "That's the guy!" (Esse é o cara!).
Mas nunca vi nada igual ao
presidente da nação mais poderosa da Terra dizendo que o presidente do Brasil é
um homem muito especial que teve uma grande vitória eleitoral, e que é muito
querido pelo seu povo. E, principalmente, que nunca Estados Unidos e Brasil
estiveram tão perto.
Bolsonaro respondeu
desejando que ele seja reeleito, que gosta muito dele e o convidou para vir ao
Brasil. E Trump respondeu na hora “eu vou ao Brasil, porque o Brasil é um país
muito importante”. Foi uma intimidade que eu nunca vi entre os dois presidentes
dos dois países.
O caso da cocaína
Na ida de Bolsonaro,
chegaram a dizer que tinha droga no avião presidencial, e não era verdade. Isso
foi em um outro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que estava em Sevilla.
Um taifeiro – comissário
de bordo da FAB – estava com 39 quilos de cocaína em uma das viagens que ele
fazia, e não é a primeira vez que isso acontece.
Essa situação serve para
lá de alerta. Parece que o alerta não serviu em 1999 quando pegaram um homem da
FAB e prenderam nove pessoas – toda a tripulação. Muitos foram condenados a 17
anos de prisão, mas conseguiram habeas corpus, infelizmente.
Estavam transportando
droga. O tenente-coronel e o major e o restante da tripulação responderam
inquérito. Já foram condenados pela Justiça Militar 656 militares por
transporte de droga.
É absolutamente necessário
que esses desvios sejam punidos e que, principalmente, haja ainda mais cuidado
em aviões da FAB em missões no exterior.
Plano Real
Me atinge muito, também, o
quarto de século do Plano Real. Não só porque eu dei o furo do Plano Real,
graças ao presidente Itamar Franco que cumpriu a promessa de que me daria em
primeira mão.
Mas também por causa de
Hjalmar Schacht, o pai do Real. Gustavo Franco, que prefaciou o livro dele,
abraçou-me com lágrimas nos olhos quando soube que nós éramos parentes. Hjalmar
Schacht e eu temos a mãe Eggers, da mesma família.
Ele foi o gênio que acabou
com a hiperinflação com o Plano Real, e com os mesmos métodos, acabou com a
hiperinflação no Brasil. Desde então nós temos uma moeda estável há 25 anos.
Saímos de uma inflação de 5.000% ao ano, e este ano a meta de inflação é de
3,5%.
Alexandre Garcia
Nenhum comentário:
Postar um comentário