Vamos voar mais alto com
esse veto
O presidente Jair
Bolsonaro sancionou a Medida Provisória que abre os céus brasileiros a
companhias de capital 100% estrangeiro. Para aumentar a concorrência e ver se
barateia o preço da passagem.
Do Rio de Janeiro para
Berlim dá R$ 3,2 mil. Do Rio de Janeiro para São Paulo dá R$ 2,2 mil. Você vê
que o preço da passagem não é proporcional à distância. Coisa incrível.
Bolsonaro sancionou
vetando um jabuti que puseram quando a MP passou pelo Senado, que a bagagem
seria isenta em companhias de aviões com mais de 31 passageiros e a bagagem que
pese até 23 quilos.
Segundo o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica - que cuida da concorrência no Brasil
- o usual no mundo inteiro é cobrar.
A isenção desencorajaria
as empresas de baixo custo de passagem. Depois disso a gente vai ter que ver
como se comportam as empresas.
Claro que o transporte
aéreo está sujeito aos seus custos - combustível e tantos outros -, mas também
está sujeito à lei da oferta e da procura. Se a oferta for cara e a demanda não
conseguir pagar esse preço, naturalmente o preço vai cair porque ninguém quer
ser a Avianca.
Coisa que já aconteceu
tantas vezes aqui no Brasil, com a Vasp, com a Transbrasil e com a Varig - mas
essa parece que tem política no meio igual a Real Aerovias. Vamos ver a prática
para saber como caminha esse mercado das companhias aéreas.
Abuso e pornografia
Um médico foi preso pela
terceira vez acusado de pornografia e abuso à pacientes, em Belo Horizonte. Ele
já não tem mais o registro. Eu não sei por que ele foi preso pela terceira vez,
porque no meu entendimento ele devia ter sido preso só uma vez, só a primeira,
e depois não sair mais da prisão.
Esse médico tem o recorde
de cem vítimas de todas as idades. Ele guardava material dos exames dessas
vítimas focando nas partes genitais. Aqui no Brasil é assim. O sujeito é preso
várias vezes. O assaltante é preso cinco vezes. Espera aí, ele tem que ser
preso uma vez só para não cometer mais.
Vejamos um ex-senador que
foi condenado por corrupção porque vendia alvará de isenção para empreiteiras e
elas não eram chamadas para depor nas CPIs, como em uma CPI mista e da
Petrobras. Tudo isso em nome do povo de Brasília, de quem ele era representante
como senador. Ele teve que devolver R$ 7,35 milhões e está em casa depois de cumprir
dois anos e meio de uma pena de 11 anos e oito meses.
Será que isso não estimula
o crime? Esse senador foi indultado pelo ex-presidente Temer e o Supremo
Tribunal Federal achou que o indulto estava valendo.
Outra coisa
Na segunda-feira (17),
Sergio Moro estava ao lado do presidente jair Bolsonaro na hora que foi
assinada uma Medida Provisória para facilitar o confisco de bens do tráfico.
O dinheiro vai ser usado
para o Fundo Nacional Antidrogas, inclusive para recuperar dependentes - que
com o seu dinheiro - sustentam o tráfico em um círculo literalmente vicioso.
Por fim...
O ministro do Supremo,
Alexandre de Moraes, disse que a violação da privacidade na Justiça é um caso
de polícia e tem que haver prisão dos responsáveis.
Uma boa notícia para a
agricultura: na quarta-feira (19), o Plano Safra vai anunciar R$ 10 bilhões de
crédito.
E na segunda (17) foi o
primeiro dia de entrada de estadunidenses, canadenses, australianos e japoneses
que já não precisam de visto para entrar no país. Agora esperamos a recíproca.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
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