Atos pró-Bolsonaro
Ao
menos 156 cidades em 26 estados e no Distrito Federal tiveram protestos entre
a manhã e a tarde de ontem, em defesa do presidente Jair Bolsonaro e de medidas
do governo, como a reforma
da Previdência e o pacote
anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
As convocações ganharam
força após os protestos
em defesa da educação do último dia 15, contra os cortes
anunciados pelo governo para os ensinos superior e técnico federais.
Semana no Congresso
Uma das medidas do governo
defendidas nos atos de ontem, a que deixa nas mãos de Sérgio Moro o controle do
Coaf, deverá ser analisada amanhã no Senado. Na semana passada, a Câmara
aprovou a reforma administrativa do governo que reduziu o número de
ministérios, mas devolveu o órgão que combate a lavagem de dinheiro à pasta da
Economia. Agora, o projeto passa pelos senadores.
Dinheiro devolvido
Os mais de R$ 2,5 bilhões
que a Petrobras deverá aplicar no Brasil como reparação por fraudes na estatal
terão uma parcela destinada para a Educação, segundo fontes do STF. Mas, segundo
o blog da colunista Andréia Sadi, nem toda a quantia deverá ser destinada
para a pasta – e também deve ser dividida entre saúde e segurança. Na semana
passada, durante
café com jornalistas, o presidente Bolsonaro reafirmou contar com o
dinheiro da multa para contrapor o corte na educação.
Governo busca solução para
pagar aposentados sem atraso
A
equipe econômica do governo Jair Bolsonaro corre contra o tempo e tenta
encontrar uma solução para não atrasar o pagamento de aposentadorias. Sem
crédito, o governo não tem fontes no Orçamento para arcar com esses custos. Sem
poder utilizar os recursos obtidos via empréstimo por meio de emissão de
títulos da dívida, pois isso pode configurar como crime de responsabilidade, a
alternativa é conseguir autorização expressa do Congresso Nacional. Mas, o
deputado Hildo Rocha (MDB-MA), relator desse aval que pode liberar R$ 248 bi,
cria uma resistência contra o governo, que ainda não possui maioria na Câmara.
Barão de Cocais fica em
apreensão total
A cidade de Barão de
Cocais, em Minas Gerais (MG), sofre dias de apreensão total. A
inquietação dos munícipes está cada vez maior, já que o talude da mina de Gongo
Soco passou a se movimentar 18 centímetros por dia no último sábado
(25). No
domingo (26), o talude passou a ter uma movimentação de 20 centímetros por dia.
A previsão da Vale da Agência Nacional de Mineração era de que o talude
desmoronasse entre o último dia 19 e o último final de semana. O principal
risco é que o desmoronamento cause um abalo sísmico capaz de romper uma
barragem a 1,5 quilômetros da mina, inundando as cidades de Barão de Cocais,
Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Sistema carcerário
Uma
briga entre detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj),
em Manaus terminou com 15 mortos. Segundo a Secretaria de Administração
Penitenciária, os crimes foram cometidos ontem durante o horário de visitação
na unidade. O presídio é o mesmo onde houve uma rebelião
que resultou na morte de 56 pessoas em janeiro de 2017.
Fraudes no Mané Garrincha
A Polícia Civil de
Brasília soltou
ontem à tarde todos os sete presos na operação "Episkiros". Entre
eles o ex-atacante Roni e o presidente da Federação de Futebol do Distrito
Federal, Daniel Vasconcelos. Eles são suspeitos de integrar um grupo
especializado em fraudar os borderôs dos jogos em Brasília. Segundo os
investigadores, era informado um valor de arrecadação menor para pagar menos de
aluguel e impostos.
As
prisões foram realizadas no último sábado durante o jogo entre
Botafogo e Palmeiras no Estádio Mané Garrincha. O mandado de prisão temporária
era válido por 48 horas e terminaria na segunda-feira a tarde, mas o delegado
resolveu liberar todos os detidos neste domingo após os depoimentos.
Cruzeiro sob investigação
Uma investigação sobre o
atual bi-campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, aponta
indícios de pagamentos suspeitos, falsidade ideológica e lavagem de
dinheiro no clube mineiro. Documentos internos do clube revelam uso de empresas
de fachada para ocultar crimes e até negociação envolvendo um menor.
Os investigadores já
ouviram 15 pessoas, todas elas relacionadas de alguma forma com o Cruzeiro –
entre funcionários e ex-funcionários, dirigentes e prestadores de serviços que
realizaram transações com o clube. O clube também acumula dívidas de R$ 500
milhões.
O presidente do clube,
Wagner Pires de Sá, disse em nota que um pequeno grupo da oposição do clube
está "plantando notícias junto a alguns profissionais da mídia
nacional".
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