terça-feira, 18 de setembro de 2018

➤PESQUISA IBOPE

Bolsonaro segue na liderança


Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que o candidato do PT a Presidência Fernando Haddad cresceu 11 pontos percentuais e assumiu a vice-liderança com 19% das intenções de voto. Jair Bolsonaro oscilou dois pontos percentuais em relação a pesquisa anterior e chegou a 28%. Ciro Gomes (PDT) se manteve com 11%, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou em menos dois pontos e aparece com 7%, e Marina Silva (Rede) com 6%, três pontos a menos que na pesquisa anterior. Ciro e Alckmin estão empatados tecnicamente no limite da margem de erro.

Veja os números da pesquisa:

Jair Bolsonaro (PSL): 28%
Fernando Haddad (PT): 19%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Marina Silva (Rede): 6%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
João Amoêdo (Novo): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Vera (PSTU): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 14%
Não sabe/não respondeu: 7%

➤BOA NOITE!

SEMANA DOS GRANDES CANTORES
NAT KING COLE
AUTUMN LEAVES


➤Editorial/O Globo

A impossível renovação do Congresso

Há consenso entre analistas políticos que o pacto da Nova República, a ponte de passagem da ditadura militar para a redemocratização, se esgotou. Isso costuma acontecer na História. Os sinais deste esgotamento são vários, e todos desembocam na impopularidade do político e do exercício da política, o que corrói as bases da democracia representativa. Derivam disso graves efeitos colaterais.

Trata-se de mazela que aplaina o terreno, mais do que já está preparado, para líderes carismáticos, populistas, à direita e à esquerda. Procuram-se salvadores, não homens públicos no melhor entendimento do termo. A atual campanha é didática neste sentido.

Este cenário de pobreza institucional leva à necessidade de renovação de quadros na política. Há sinais de tentativas nesta direção. Mas não basta querer. Além de condições políticas favoráveis, é preciso vencer todo um arcabouço legal feito pela velha ordem para impedir o nascimento da nova. Também acontece na História.

A necessária bandeira da reforma política é alçada há muito tempo. Com a pulverização do quadro partidário (35 registrados, outros tantos na fila de espera de alvarás, e 28 com representação no Congresso), não se irá — como não se está indo — a qualquer lugar, devido à impossibilidade concreta de se construir alianças de governabilidade com base em programas. Restam o fisiologismo e a corrupção.

Atolam neste pântano reformas cruciais que se tornam mais necessárias e precisam ser mais duras à medida que o tempo passa. O grande risco é, com a ausência delas, o próprio sistema se ajustar de forma selvagem, por meio da inflação e da recessão. A Venezuela é o exemplo.

Diante de muitas críticas e também porque esta pulverização começou a contrariar interesses de grandes legendas, aprovaram-se mudanças corretas (volta da cláusula de desempenho e fim das coligações em pleitos proporcionais). Mas de forma tímida. A cláusula é pequena, entra em vigor por fases, e o fim das coligações ocorrerá apenas a partir de 2020.

Para piorar, depois de extinguirem a contribuição de campanha por pessoas jurídicas, como se isso viesse a acabar com o caixa 2, conseguiram estatizar quase completamente as finanças da política.

Não bastassem o recém-criado Fundo Eleitoral e o Fundo Partidário serem mais um peso para um contribuinte que já sustenta a maior carga tributária no bloco dos países emergentes, as regras de distribuição dos recursos concentram 67% do dinheiro nos parlamentares em busca da reeleição e em ex-senadores e ex-deputados federais que querem voltar ao Legislativo.

As esperanças em um Congresso minimamente renovado viraram fumaça. E quando se vê com lupa a lista dos que concorrem pela primeira vez, aparecem herdeiros de famílias de políticos, o que deixa explícito o traço aristocrático da República brasileira. Vai aumentando o fosso entre os políticos e a grave realidade do país.

➤Gustavo Nogy

Haddad é Lula, Lula é Haddad. O Brasil não é o PT


Fernando Haddad, o ex-vice-candidato do ex-candidato-preso, agora se tornou candidato de vez. Pelo menos é o que consta nos registros oficiais da Justiça Eleitoral e no material da campanha. Entretanto, todos sabem que Haddad é e continuará a ser apenas vice-qualquer-coisa, útero da ética apodrecida de seu mentor e das ruínas de um projeto.

Isso não é opinião nem crítica. Escrevo com a frieza de Belchior Nunes Carrasco e a inocência da criancinha prestes a pegar no sono. É plano de governo, o único plano de governo prometido pelo PT: Lula. Economia, soluções para a saúde, metas para a inflação, projeções cambiais, modelos de educação, reforma previdenciária? Lula.

A campanha orgulhosamente anuncia: “Fernando Haddad é Lula, Lula é Fernando Haddad”. Já não se trata de transferência de votos, mas de transfusão de caráter ou coisa pior. Como se Lula fosse o vírus de uma febre tropical e Haddad o mosquito transmissor. Doença bem chinfrim e latino-americana. Pelo menos não há como acusá-los de estelionato eleitoral, pois quem vota em Haddad sabe que não vota em Haddad.

O tarado por ciclovias poderia ter feito carreira pedalando para bem longe do PT, como Marina Silva, mas preferiu a sujeição. Era pequeno, pequenininho, ficou ainda menor. Enquanto isso, Manuela d’Ávila se desmaterializou perto de ambos. Altiva, mostrou que sabe obedecer cheia de dignidade. Ela é livre para dizer: “Sim, senhor!” Transformou-se na Amélia da casa-grande lulopetista. Manuela não tem a menor vaidade, Manuela é que é mulher de verdade.

Ciro Gomes, por sua vez, cortejou o Partido dos Trabalhadores para novamente ser rejeitado. Seu pecado é ter personalidade demais. O chefe não suportaria a concorrência, não aceitaria que lhe ameaçassem o protagonismo. Lula é ciumento. “Não terás outros deuses além de mim”. Ele precisava de massa dúctil o suficiente para modelar conforme as circunstâncias. Encontrou-a.

Da cadeia, onde aparentemente se sente em casa, Luiz Inácio assumiu de vez o papel de íncubo, demônio que invade os sonhos da esquerda e tem com ela relações das mais promíscuas. Dessa cópula espúria nasce a candidatura à presidência do ex-prefeito de São Paulo, sucursal Vila Madalena.

Demétrio Magnoli, escritor que respeito, tem muito mais fé do que eu em unicórnios. Disse que “a saída existe, mas depende da integridade política e da independência intelectual de Haddad. O candidato inventado no laboratório lulista tem a oportunidade de corrigir a narrativa ainda durante a campanha eleitoral, falando em público aquilo que fala entre quatro paredes. (…) Paralelamente, reconciliaria o PT com o futuro, inaugurando o pós-lulismo. Haddad pode ousar, refundando a esquerda brasileira, ou optar inercialmente pelo destino de Dilma”.

O problema é que “o candidato inventado no laboratório lulista” está reduzido a isso: boneco de seu Gepeto, criatura de seu Victor Frankenstein. Atraído pela força gravitacional da matéria escura de Lula da Silva, o paulistano parece não ter outra chance de sobreviver senão perto demais de quem deveria se afastar.

A independência política – e, sobretudo, moral – de Fernando Haddad é uma oportunidade para sempre perdida. Existem limites que, quando ultrapassados, quebram o indivíduo de alguma maneira. O que mais precisaria acontecer para que Haddad se dispusesse a repensar o petismo? Tudo o que tinha de ser feito, foi feito. Está consumado.

Pois depois de tantos e tamanhos escândalos, da corrupção de magnitude inédita na história não somente desta, mas de outras repúblicas e monarquias, quem ficou, ficará. Não consigo imaginar que a esta altura seja possível um verdadeiro mea culpa, uma sincera e plena contrição. Mais do que isso: quem ficou tem mesmo de ficar.

Que os ratos não abandonem o navio. O navio merece os ratos, os ratos merecem o navio.

Gazeta do Povo

➤Cabo Daciolo

Ele confia a campanha a Deus

Ele sabe que tem apenas 1% de chance nas pesquisas, mas acredita que conta com “100% de chances com Deus”. O deputado evangélico Cabo Daciolo não se destaca nas intenções de voto, mas é uma atração à parte em uma campanha em que não faltam elementos excêntricos.

O deputado concordou em falar com a AFP quando se afastou da campanha para “rezar e jejuar por 21 dias nas montanhas pelo país e por Jair Bolsonaro”, candidato da extrema direita com quem possui fortes afinidades.

O anúncio do afastamento foi anunciado a seus 264 mil seguidores no Facebook. Embora quase não faça aparições públicas, costuma se dirigir a seus seguidores na internet com a Bíblia e discursos contundente, que começam com um enfático “Glória a Deus!”.

“Não sou um político, sou um enviado de Deus”, afirma em seu Instagram o ex-bombeiro militar de 42 anos, de físico atlético e que quer, mais do que tudo, expulsar o Demônio do Congresso em Brasília.

“Todo mundo diz: Daciolo, você é louco de se lançar nessa campanha”, declarou à revista Época.

“Para os homens, minha chance é menor que 0,001%. Mas, para Deus, é de 100%”, assegurou.

Para ele, “as pesquisas mentem”, a fraude eleitoral será em massa, mas a vitória está assegurada.

– Jejum e oração –

Daciolo encontrou em sua esposa Cristiane uma assessora de imprensa devota.

“Sua ausência é só física, pois as redes sociais estão a mil por hora em campanha por Daciolo”, afirmou ela à AFP através de mensagens por WhatsApp.

Mas ele não teme se arriscar a ser penalizado nas urnas por causa de uma ausência tão longa na campanha?

“Ele crê que esta campanha será vencida com jejum e oração. Da mesma forma que Deus, após o primeiro debate, fez dele de um anônimo a uma pessoa agora conhecida nacionalmente”, explicou.

Depois de oito horas de escalada, Cabo Daciolo se isolou no alto de uma montanha em Campo Grande, na zona oeste do Rio, com um grupo de bombeiros e pastores evangélicos.

Em 12 de setembro, em um longo vídeo postado no Facebook, o candidato, usando uma camisa de lenhador, proclama diante da fogueira do acampamento.

“Sou o próximo presidente da República”, grita enquanto pula, depois de ter lido uma passagem da Epístola aos Efésios: “Desperta tu que dormes”.

Com o Novo Testamento na mão, critica as elites políticas “ligadas à maçonaria”, a mídia e ao “sistema corrompido por algumas famílias como os Rockefeller”.

E, para lutar contra a criminalidade, é preciso resgatar os traficantes de drogas por meio da religião.

No Instagram, a foto do candidato lendo a Bíblia em uma rede desperta comentários pouco cristãos.

“Esse cara está mentalmente perturbado. Acha mesmo que se vence na política com essa loucuras?”, pergunta um internauta.

“Esse senhor tem um programa político? O que ele vai fazer pela saúde, a educação, os aposentados, a segurança”, questiona outro.

O Cabo Daciolo nem sempre foi um santo. “Eu bebia muito, era mulherengo”, admitiu à Época, onde contou como frequentava a igreja Bola de Neve, criada por um surfista, com um altar em forma de prancha.

Depois, ganhou notoriedade ao liderar uma greve dos bombeiros em 2011 no Rio de Janeiro. Passou nove dias na prisão.

Depois virou deputado federal pelo PSOL, um partido de esquerda laico, que o expulsou no início de 2015 por querer trocar o artigo 1 da Constituição: passar de “todo o poder emana do povo” para “todo o poder emana de Deus”.

Foi para o Partido Patriota, que o aceitou como candidato à presidência porque não conseguiu recrutar Bolsonaro.

Filho de coronel, mostra uma afinidade ideológica com seu adversário, principalmente seu militarismo.

Bolsonaro sempre cita Deus, mas o fervor de Daciolo, evangélico membro da Assembleia de Deus, não tem comparação.

É o primeiro candidato a ler a Bíblia durante um debate televisionado. Sugeriu uma semana nacional de adoração a Deus para começar o ano com o pé direito.

O Cabo Daciolo encontrou um nicho entre os brasileiros enojados com a política nacional, um terreno em que prosperam as igrejas Evangélica no país.

Portal IstoÉ/AFP

➤Registro espúrio

PF abre 4ª fase da operação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 18, a 4ª fase da Operação Registro Espúrio. Enquanto as três primeiras investidas da operação miraram em irregularidades na emissão do registro sindical, essa nova etapa tem como objetivo apurar desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES). A conta é abastecida com dinheiro da contribuição sindical.

De acordo com a PF, o grupo criminoso alvo da ação atuava “junto a entidades interessadas em obter fraudulentamente restituições de contribuições sindicais recolhidas a mais ou indevidamente da CEES”.

Os policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão temporária expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas cautelares são cumpridas em Brasília, Goiânia (GO), Anápolis (GO), São Paulo e Londrina (PR).

A PF descobriu que os pedidos de restituição das contribuições sindicais eram manipulados pelo grupo “com o intuito de adquirir direitos a créditos”. Os desvios também foram confirmados em apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).

Após serem retirados da CEES, esses valores eram enviados para as contas bancárias das entidades e um porcentual era destinado para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema.

Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

Portal IstoÉ

➤Ciro Gomes

Lula sabia de esquema na Petrobras


O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou na noite desta segunda-feira (17) em entrevista ao Jornal da Globo que é contra a venda da Embraer à Boeing e que, se for eleito, revogará o negócio. O presidenciável também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia do mensalão do PT, mas sabia do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Ele também falou sobre a proposta para refinanciar as dívidas de 63 milhões de brasileiros, que prevê o chamado “aval solidário” quando uma pessoa não puder quitar sua dívida.

Logo no início da entrevista, o candidato do PDT se disse contra a venda da Embraer à Boeing ou a qualquer outra empresa estrangeira. Para Ciro, a fabricante de aeronaves é "estratégica" para o Brasil e, por isso, deve continuar nacional.


Ele, porém, explicou que, se for eleito, não trabalhará para estatizar a Embraer e se disse favorável a mantê-la privatizada. Ciro disse ainda que, se for eleito, desfará o negócio envolvendo a Embraer e a Boeing.

"Quando a Embraer foi privatizada, o governo federal ficou com uma golden share, que é uma ação especial, que dá ao governo o poder de vetar determinadas decisões estratégicas. E aquilo é uma questão absolutamente sensível sob o ponto de vista da defesa, da segurança nacional, da engenharia brasileira. É um de dois lugares onde o Brasil ainda tem alguma potencialidade tecnológica: petróleo e a Embraer. Dois produtos extraordinários foram desenvolvidos e na hora de renderem bilhões para o Brasil e nós estamos permitindo, se isso se consumar eu vou desfazer, que a Boeing feche a Embraer", disse o candidato.

"Eu sou nacionalista. Eu não quero estatizar a Embraer. Não quero estatizar a Embraer, eu quero que a Embraer siga nacional brasileira, o que é diferente. Ela hoje já é privada, e eu não tenho nada contra ela ser privada. Foi privada que ela desenvolveu esse estágio superior de ser a maior companhia mundial de jatos médios", explicou.

Programa Nome Limpo
Ciro Gomes também falou sobre a proposta, batizada de Nome Limpo, na qual se propõe a retirar mais de 63 milhões de brasileiros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Questionado sobre o chamado "aval solidário", do qual não costuma falar, Ciro explicou que trata-se da garantia que os bancos terão de que o débito será quitado pelos devedores.

O "aval solidário" consiste na formação de grupos de cinco ou dez pessoas que se responsabilizariam umas pelas outras. Pelo sistema, se um dos membros não pagar a prestação da dívida, os demais se responsabilizam pelo pagamento.

"São cinco a dez pessoas. Porque quando você aluga uma casa [...] precisa ter um avalista. Precisa ter um fiador. Quando um cidadão compra um carro financiado, ele fica com reserva de domínio. Por que? Porque isso é a garantia. Porque eu quero que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica tenham garantias. E a garantia qual é? Você reúne de cinco a dez pessoas e elas assinam solidariamente. Se a prestação é R$ 40, dividindo por 36 meses, dá R$ 40 por mês. Dez pessoas juntas, se uma delas falhar, elas têm que dividir, dá R$ 4 por mês, para cada avalista. Vamos concordar que isso é o mínimo de solidariedade comunitária que o nosso povo está cansado de fazer", explicou.

Lula e escândalos de corrupção
Ciro também foi questionado na entrevista sobre a relação com o ex-presidente Lula e o PT - ele foi ministro da Integração Nacional no primeiro mandato do petista - e sobre o fato de criticar reiteradamente a candidatura de Fernando Haddad, mas poupar Lula de críticas.


Segundo Ciro, ele e Lula são amigos "há mais de 30 anos" e que o ex-presidente, que está preso em Curitiba após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, "nem é satanás, como os coxinhas e os radicais de direita no Brasil querem fazer [parecer], e nem é esse deus que certa fração religiosa radicalizada do PT quer, também, transformar".

“O Lula escolheu o [Antonio] Palocci, que está preso, para comandar a economia brasileira por oito anos. Será que ele mesmo, Lula, acha que foi uma escolha acertada? O Lula escolheu a Dilma [Rousseff], que é uma pessoa honrada, mas desastrou o país. O Lula escolheu Michel Temer. Com a popularidade farta e generosa, merecida, escolheu Michel Temer e cravou Michel Temer na linha de sucessão do Brasil. E tudo isso eu protestei na hora. O Lula escolheu o Haddad recentemente. Eu não falo mal do Haddad. O Haddad é um amigo meu. Estou discutindo porque estamos num debate. [...] É razoável que a gente exponha o Brasil a esse risco?”, explicou.

Logo depois, Ciro Gomes foi questionado sobre as responsabilidades que, para ele, Lula teve nos escândalos do mensalão do PT e na Petrobras. Segundo o candidato do PDT, o ex-presidente “não sabia” do esquema de compras de voto em seu governo, mas sabia que os partidos políticos buscavam indicações na Petrobras “para roubar”.

“No mensalão, eu estava lá [no governo, como ministro]. De fato, ele não sabia. Eu tenho razões genuínas para acreditar que, de fato, ele falou a verdade quando disse que não sabia. No ‘petrolão’, não dá. No ‘petrolão’, simplesmente não dá porque não é que ele sabia que as pessoas estavam roubando, mas ele sabia que as pessoas estavam procurando as indicações para roubar. Isso aí, infelizmente, eu por exemplo falei pra ele várias vezes do Sérgio Machado [ex-presidente da Transpetro]”, afirmou Ciro.

Portal G1