O antipetismo é a maior
força motriz do bolsonarismo. É dele que se alimenta a votação crescente, na
casa de 30%, do deputado do PSL. Ainda assim, petistas encabeçam manifestos em
defesa da democracia, como se não viessem há meses esticando a corda das instituições
ao contestar a condenação judicial de Lula e a normalidade democrática,
afirmando que o impeachment de Dilma Rousseff foi golpe.
Ao mesmo tempo, o PSDB,
que perdeu o bonde do antipetismo e desdenhou da resiliência de Bolsonaro,
agora se arvora o direito de pregar um acordo no centro enquanto Geraldo
Alckmin patina nas pesquisas e não demonstra capacidade de disputar com
Bolsonaro e Haddad de igual para igual. PT e PSDB se acostumaram a polarizar
por osmose a política brasileira. Diante da quebra dessa lógica, respondem com
a arrogância de sempre. / Vera Magalhães
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