crescem nem caem há 6 meses
Ilustração: Antonio Lucena/VEJA/Reprodução |
Levantamento realizado
pela empresa de consultoria política Arko Advice, tendo como base todas as
pesquisas de intenção de voto para presidente da República realizadas desde
janeiro pelos institutos Datafolha, Ibope, MDA, Paraná Pesquisas, Vox Populi,
DataPoder 360 e Ipespe, aponta que houve poucas alterações no cenário eleitoral
durante o primeiro semestre do ano.
Sem Lula (PT), Jair
Bolsonaro (PSL) lidera com cerca de 20% das intenções de voto. Trata-se de um
percentual significativo para a largada, observa o levantamento. Ocorre que
Bolsonaro não agrega novos eleitores desde janeiro. Nem atrai apoio de outros
partidos.
Chama a atenção a
proximidade dos índices de Marina Silva (REDE), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo
Alckmin (PSDB), candidatos que, em função da média da margem de erro das
pesquisas (em torno de 2,5 a 3,0 pontos percentuais), estão tecnicamente
empatados em segundo lugar.
Um pouco atrás, mas só um
pouco, está Álvaro Dias (Podemos), que, no limite da margem de erro, empata com
Ciro e Alckmin. Uma incógnita cerca o desempenho de Fernando Haddad (PT). Na
média das pesquisas ele aparece, hoje, com cerca de 2% das intenções de voto.
Mas nas sondagens do Ipespe que o põem ao lado do nome de Lula, a intenção de
voto em Haddad sobe para cerca de 11%.
Quer dizer: o ex-prefeito
de São Paulo tem sido subavaliado nas sondagens até aqui. Ele tem espaço para
crescer e alcançar Marina, Ciro, Alckmin e Álvaro. A candidatura de Henrique
Meirelles (PMDB) não deslancha. Há seis meses se mantém com menos de 2% das
intenções de voto. Também ainda há muita gente “sem candidato”, uma vez que
cerca de um terço do eleitorado se diz indecisa ou disposta a votar branco ou
nulo.
A sucessão de Michel Temer
continuará imprevisível pelo menos até que acabe a Copa do Mundo na Rússia e
comece no final de agosto o horário de propaganda eleitoral no rádio e na
televisão. Segundo o estudo da Arko Advice, o mais provável é que o segundo
turno da eleição reúna um representante da esquerda/centro-esquerda (Marina,
Ciro ou Haddad) e outro da centro/centro-direita (Alckmin, Álvaro Dias ou
Bolsonaro). A ver.
Portal VEJA
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