Militante protege Lula da chuva de ovos |
Depois de amanhã, em Curitiba, Lula dará por terminada
mais uma viagem de expiação dos seus pecados e de súplica por ajuda para não ser
preso. Tomara que seja mais bem acolhido na cidade do juiz Sérgio Moro.
Lula está provando na pele os efeitos do “nós contra
eles”, política cultivada pelo PT enquanto esteve no poder e mesmo depois de
perdê-lo. E não gostou. Nem poderia ter gostado porque o alvo desta vez foi
ele.
Em agosto do ano passado, em Salvador, o prefeito João
Doria (PSDB), acompanhado por ACM Neto (DEM), prefeito da cidade, foi
recepcionado com uma chuva de ovos por militantes do PT e de partidos afins.
Da boca de líderes do PT, não saiu uma palavra de censura
ao ato de de agressão. Bastou, porém, a ação de um solitário atirador de ovos
em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, para desatar a fúria de Lula.
Do alto do palanque, na praça principal da cidade,
protegido de ovos por guarda-chuvas, Lula recomendou à Polícia Militar “pegar
esse canalha e dar nele o corretivo que ele precisa ter para não tacar ovos nas
pessoas”.
Foi além: “Esse cidadão está esperando que a gente fique
nervoso, suba lá e dê uma surra nele, mas a gente não vai fazer isso. Esse cara
ou é um débil mental ou não tem o menor apreço pelo ser humano”.
Lula não explicou que tipo de corretivo a polícia deveria
aplicar no atirador de ovos solitário, mas é de se imaginar. Até porque em
Chapecó, onde também foi mal recebido, ele chegou a falar em “dar porrada”.
Em Florianópolis, preferiu destacar que os integrantes de
sua caravana são “gente da paz”, embora tenha dito que eles deveriam
“retribuir” as agressões sofridas.
De fato, Lulinha Paz e Amor ficou no passado quando Lula
precisou dele para se eleger e se reeleger. Está de volta a “Jararaca”, que
segundo Lula, só morre quando esmagam sua cabeça.
Já pensaram como seria a próxima campanha presidencial se
Lula, um ficha suja, pudesse disputá-la?
*Publicado no portal da revista VEJA em 26/03/2018
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