segunda-feira, 11 de setembro de 2017

➤Corrupção

PF vê envolvimento de Temer e ministros


A Polícia Federal concluiu que há indícios de que o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil) cometeram crime de corrupção. A informação consta do relatório final do inquérito sobre o chamado “quadrilhão” do PMDB na Câmara, que será, possivelmente, uma das bases de nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente. As novas acusações devem alimentar a crise política no governo.

A PF também apontou evidências de envolvimento do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e dos ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha no suposto esquema. Os três estão atualmente presos por crimes investigados nas operações Lava Jato e Cui Bono?.

As investigações apontaram que os integrantes da cúpula do PMDB, entre eles Temer, participavam de uma organização criminosa voltada para obter, direta e indiretamente, propinas em órgãos da administração pública federal.

A PF sustenta que, além de corrupção ativa e passiva, a engrenagem criminosa envolvia lavagem de dinheiro, fraude a licitações públicas, evasão de divisas, entre outros delitos, cujas penas são superiores a quatro anos de prisão.
O relatório sobre o caso foi enviado  ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se denuncia Temer e seus ministros com base nas conclusões do inquérito.

Rodrigo Janot deve apresentar até a sexta-feira, último dia de seu mandato, sua segunda denúncia contra Temer. Uma das possibilidades é de que os crimes atribuídos ao “quadrilhão” do PMDB da Câmara já constem peça de acusação, juntamente com delitos apontados nas delações do corretor Lúcio Bolonha Funaro e de colaboradores da JBS.

A investigação da PF é fruto do principal inquérito da Lava Jato, que foi desmembrado em quatro. Três investigações já foram concluídas e embasaram as denúncias contra do “quadrilhões” do PT, do PP e do PMDB no Senado. A última, agora relatada, é a que envolve Temer e seus ministros.
Agência Estado

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