quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Já é hora de dormir!

 
                                         “Todo o casamento sem amor resulta em amor sem casamento.”

Millôr Fernandes



WhatsAPP

Justiça determina bloqueio de 48 horas

As operadoras brasileiras de telefonia celular receberam nesta quarta-feira uma determinação judicial para bloquear o funcionamento do WhatsApp em todo o país por 48 horas, a partir de 0h desta quinta-feira.

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) informou que as empresas irão cumprir a decisão, sob pena de multa pela Justiça de São Paulo. A decisão foi tomada pela 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo. O autor da ação não teve sua identidade revelada.

"O WhatsApp não atendeu a uma determinação judicial de 23 de julho de 2015. Em 7 de agosto de 2015, a empresa foi novamente notificada, sendo fixada multa em caso de não cumprimento", afirmou o tribunal em comunicado à imprensa. "Como a empresa não atendeu à determinação judicial, o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas, com base na lei do Marco Civil da Internet, o que foi deferido pela juíza Sandra Regina Nostre Marques", acrescentou o tribunal.

A determinação judicial atende a reclamações das próprias operadoras, que exigiam a regulamentação do aplicativo de mensagens. O motivo da discórdia seria o serviço de chamadas de voz via internet, que funciona como ligações telefônicas comuns, o que, segundo as empresas, configuraria um serviço não regulamentado.

Rito do impeachment

Voto de Fachin é derrota  de Dilma


O Supremo Tribunal Federal deu início nesta quarta-feira ao julgamento em que definirá o que vale ou não no processo que poderá resultar no impedimento da presidente Dilma Rousseff. E a sessão não trouxe boas notícias para a petista.

Relator do caso na corte, o ministro Edson Fachin apresentou seu voto ao longo da sessão - impondo importantes derrotas ao Planalto. O STF analisa a ação em que o PCdoB pede que os ministros interpretem como deve tramitar um pedido de impeachment, uma vez que a lei que trata do assunto é de 1950 e o país é regido pela Constituição de 1988. A sessão foi encerrada pouco depois das 18h40 e será retomada nesta quinta-feira, com o voto do ministros Roberto Barroso.

Fachin rejeitou ​os principais pedidos dos governistas e do PCdoB, à exceção do direito de Dilma ser notificada e poder se defender antes do parecer final da comissão especial do impeachment na Câmara e do processo e julgamento no Senado. "Trago apenas uma proposta ao debate em homenagem a à colegialidade e à segurança jurídica", disse o relator.

O ministro, que paralisou o processo de impeachment no início do mês por meio de uma liminar concedida ao PCdoB, era visto entre os próceres petistas como um voto certo em favor da anulação de boa parte da tramitação das discussões que podem levar à deposição da presidente. Ele foi indicado por ela para ocupar uma vaga na mais alta corte do país e havia participado de um ato público em prol da petista nas eleições de 2010.

Mas ao longo de mais de duas horas e meia de voto, Fachin disse que não cabe ao Supremo interferir em um processo político-jurídico como o do impeachment, a não ser para deixar claro que a Constituição deve balizar todo o andamento do pedido de deposição e garantir o direito de defesa. O relator negou, por exemplo, a possibilidade de declarar suspeito o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da condução do processo - ele é investigado na Operação Lava Jato por suspeitas de receber propina do escândalo do petrolão e já teve pedido de afastamento protocolado pela Procuradoria Geral da República.

Desapontou os governistas o fato de Fachin ter confirmado que cabe à Câmara "expedir autorização" para que o Senado processe e julgue a presidente - ela só será afastada quando os senadores instaurarem o processo, além de ter rejeitado a argumentação de que houve cerceamento de defesa porque Dilma não pode ser manifestar antes de Cunha decidir se despacharia ou não favoravelmente ao impeachment. "O recebimento da denúncia operado pelo presidente da Câmara configura juízo sumário e não há obrigatoriedade de defesa prévia a essa decisão. A manifestação prévia [deve ocorrer antes] do parecer da comissão especial", disse.

Em mais uma sinalização contra o governo, o ministro Edson Fachin afirmou que foi legítima a formação de chapas avulsas para atuar na comissão especial do impeachment [a governista foi derrotada] e alegou que não cabe ao Poder Judiciário interferir neste ponto. Fachin disse que a questão era restrita à "auto-organização do Legislativo", assim como a validação de uma votação secreta para eleição dos membros. O governo foi derrotado por 272 votos a 199 na eleição dos integrantes da comissão especial. "Apesar de a publicidade ser a regra geral, a própria Constituição admite que o poder possa ser exercido de forma secreta", disse. "Não cabe ao Poder Judiciário tolher uma opção legitimamente feita pela Câmara dos Deputados no pleno exercício de uma liberdade política que lhe é conferida pela Constituição Federal", explicou o relator.

Depois de rejeitar a possibilidade de defesa prévia, o ministro Fachin afirma que a presidente Dilma tem direito ao contraditório na comissão especial da Câmara. Ele disse ainda que no parecer do colegiado sobre a deposição da presidente, é preciso ficar claro e fundamentado qual crime de responsabilidade a petista teria cometido. "A oportunidade de contradizer o parecer da comissão especial configura meio inerente ao contraditório. É induvidoso que o parecer repercute na decisão do plenário", explicou.

O ministro ainda refutou o entendimento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do governo Dilma de que os senadores poderiam barrar o impeachment mesmo se a Câmara dos Deputados já tiver decidido pelo impedimento da petista. Para Fachin, ao Senado caberá apenas a instauração e o processamento do julgamento.

Os demais ministros devem apresentar seus votos na ação de descumprimento de preceito fundamental em sessão plenária nesta quinta-feira.

Rapidinhas


Dólar sobe a R$ 3,94 após Brasil perder grau de investimento
O dólar ampliou a alta e bateu a máxima da sessão em relação ao real nesta quarta-feira (16) após a Fitch se tornar a segunda agência de classificação de risco a retirar o selo de bom pagador internacional do Brasil, de acordo com a agência de notícias Reuters. Às 14h09, a moeda norte-americana subia 2%, a R$ 3,9541, após atingir a máxima a R$ 3,9676 com o rebaixamento, mas reduziu o avanço em seguida e voltau a operar abaixo de R$ 3,95. 

Cunha não recebe funcionária do Conselho de Ética e notificação fica para as 17 horas
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se recusou a receber na manhã desta quarta-feira, 16, a funcionária do Conselho de Ética encarregada de notificá-lo da admissibilidade de seu processo por quebra de decoro parlamentar. A funcionária esperou na antessala do gabinete do peemedebista por mais de meia hora e foi informada de que Cunha só receberá a notificação às 17h desta quarta-feira. "Ele é presidente, pode tudo", lamentou o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).

Pedro Paulo é exonerado no Rio e reassumirá mandato de deputado
Pedro Paulo Carvalho, secretário municipal do Rio de Janeiro, foi exonerado nesta quarta-feira (16) do cargo. Ele voltará a Brasília para reassumir o mandato de deputado federal pelo PMDB para reforçar a bancada do governo de Dilma Rousseff na Câmara e dar apoio a Leonardo Picciani, removido da liderança do partido em meio ao processo de impeachment da presidente.

Maduro diz que dará too o poder ao ‘Legislativo Paralelo’ criado na Venezuela
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse na noite da terça-feira 15 que dará "todo o poder" ao "Parlamento Comunal Nacional" que foi instalado pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello - nomeação criticada pela oposição, que garante que a ação não é constitucional. "Vou dar todo o poder ao parlamento comunal, e esse parlamento será uma instância legislativa do povo desde a sua base", disse Maduro durante seu programa de rádio e televisão "Em contato com Maduro".

Nova fase da Operação Acrônimo mira empresário do ramo de plano de saúde
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (16) mais uma fase da Operação Acrônimo, que tem entre os investigados o governador mineiro Fernando Pimentel (PT). Houve busca realizada em endereços ligados ao empresário Elon Gomes, dono do Grupo Aliança, de planos de saúde. Em agosto, ÉPOCA publicou reportagem mostrando que uma empresa de Elon transferiu R$ 750 mil para uma empresa de Benedito Oliveira, o Bené, que trabalhou na campanha de Pimentel.

Miro Teixeira: “Dilma e Cunha são vingativos e teimosos”
O deputado descreve Cunha como “ladino”, alguém que sabe aproveitar os erros dos adversários. Para Teixeira, a presidente Dilma Rousseff não entende o Parlamento e erra ao tentar cooptar a base. “A maioria organizada pelo loteamento não é leal nos momentos difíceis.” Conhecedor da Câmara, vê uma maré negativa para Dilma e acha que o impeachment pode acontecer. Apesar dos estilos diversos, vê semelhanças entre a presidente e Cunha. “São um pouco parecidos: os dois são vingativos, teimosos e acham que ‘l’État c’est moi’ (‘O Estado sou eu’, frase célebre do rei francês Luís XIV). São absolutistas. Se fossem solteiros e mais novos, de repente poderiam até se casar.”

Crise econômica

Fitch retira grau de investimento do Brasil

A agência de classificação de risco Fitch retirou nesta quarta-feira o grau de investimento do Brasil. A instituição rebaixou o rating do nível BBB- para BB+, com perspectiva negativa. De acordo com a agência, o rebaixamento reflete a depressão mais profunda da economia que o antecipado e também acontecimentos fiscais adversos e crescente incerteza política.

A Fitch informou também que a perspectiva negativa reflete contínua incerteza e risco de piora econômica. Também envolve risco de piora fiscal e política. No comunicado, a agência ainda citou efeitos negativos das investigações de corrupção na Petrobras e a deterioração econômica contínua, diante de condições econômicas mais fracas.

De acordo com a Fitch, o ambiente externo segue difícil, com queda das commodities e desaceleração na China.

A agência de classificação de risco destacou também que repetidas mudanças nas metas fiscais minaram a credibilidade da política fiscal e que o início do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, amplia incertezas políticas.

A Fitch prevê que o déficit fiscal pode chegar a ultrapassar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. Segundo a agência, o déficit fiscal deve permanecer elevado em 2016 e 2017, em média acima de 7% do PIB.

Ministério da Fazenda

Levy já acertou sua saída do governo


O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já acertou sua saída do governo com a presidente Dilma Rousseff, segundo a edição desta quarta -feira do jornal Valor Econômico. O acerto ocorreu há alguns dias e prevê que Levy permaneça no cargo por um breve período, até que a presidente defina seu substituto, de acordo com a publicação.

Nesta terça, o governo enviou ao Congresso uma proposta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) para 2016 que corresponde a 0,5% do produto interno bruto (PIB), mas com a possibilidade de abatimentos que podem até zerar essa meta. A proposta contraria o plano de Levy, de meta fiscal de 0,7% do PIB.

Antes da decisão do governo, havia afirmado que seria "inconveniente" reduzir a meta. A proposta de redução mostra que o governo já não estava mais de acordo com a proposta do ministro da Fazenda. Levy, aliás, sequer participou das discussões para a alteração da meta fiscal, segundo a presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ela classificou a investida como "mais um erro de articulação do governo". (Com Veja.com)

Novo corredor da Bento

Tempo de viagens terá redução de 8 minutos

Foto: PMPA
Está em operação desde as 6h desta quarta-feira, 16, a faixa exclusiva para ônibus da avenida Bento Gonçalves, entre Porto Alegre e Viamão. O corredor tem 1,1 quilômetro de extensão, com início no limite entre os municípios até a estrada João de Oliveira Remião, na Lomba do Pinheiro. A pista da direita da via, no sentido interior-Capital, passa a ser utilizada exclusivamente pelos veículos do transporte coletivo entre as 6h e as 9h nos dias úteis.

“Estamos privilegiando o transporte coletivo, que deve ter preferência absoluta. Os usuários desse sistema vão poder se locomover com mais facilidade e rapidez. Claro que é uma medida temporária, porque é uma região que precisa de uma outra via, e estamos discutindo isso com a Metroplan e o governo federal. Mas, no momento, é a saída que encontramos para melhorar a mobilidade”, afirmou o prefeito José Fortunati.

16/12/2015


Folha de São Paulo – Fachin manterá voto secreto para votação de impeachment
Governistas recorreram ao STF para que a votação fosse derrubada; tribunal discute tema nesta quarta-feira

Estadão – Após operação contra Cunha, Planalto aposta no Senado para barrar impeachment
Na avaliação do governo, operação atinge PMDB em cheio e reforça ação de Temer por rompimento; Renan, porém, promete manter apoio

O Globo – Supremo decide hoje rito do processo de impeachment no Congresso
Para oposição, relator votará para anular atos ligados ao processo

Estado de Minas – PT, PC do B, Rede e PSol pedem ao Supremo o afastamento cautelar de Cunha
Líderes entregam na tarde desta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal uma carta aberta pedindo o afastamento cautelar do presidente da Casa

Gazeta do Povo – País tem 4 registros de microcefalia por hora
Brasil já registrou 2,4 mil casos suspeitos de microcefalia, em 19 estados e Distrito Federal

Correio Braziliense – PF deflagra nova etapa da Operação Acrônimo em São Paulo e Brasília
Ação investiga irregularidades de campanha e suposto recebimento de propina pelo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT-MG)

Portal G1 – Mega-Sena pode pagar R$ 175 milhões nesta quarta-feira
Com dinheiro, ganhador poderá comprar 43 imóveis de R$ 4 milhões cada. Apostas podem ser realizadas até as 19h; aposta mínima custa R$ 3,50

Agência Brasil – Conselho da ONU vota esta semana resolução contra o Estado Islâmico
Um projeto de resolução da ONU, que será submetido na quinta-feira (17) ao Conselho de Segurança, visa “explicitamente” ao grupo radical Estado Islâmico e ao seu financiamento por meio do comércio de petróleo

Portal IG – Dinheiro da Lava Jato equivale a 130 milhões de Bolsas Famílias
Cinco dos 17 suspeitos da operação de ontem da PF teriam movimentado pelo menos R$ 66 milhões

Veja – TSE nega recurso contra investigação de contas eleitorais de Dilma
A decisão foi unânime entre os ministros e não houve discussão no plenário; defesa da presidente alegava que a corte já havia aprovado com ressalvas as contas da campanha de 2014

Época – Miro Teixeira “Dilma e Cunha são vingativos e teimosos”
“São absolutistas. Se fossem solteiros e mais novos, de repente poderiam até se casar.”

Carta Capital – Em 1992, STF deu ao Senado poder de rejeitar impeachment
Presidentes da Câmara e do Senado travam batalha para definir quem dará a palavra final sobre a abertura do processo contra Dilma Rousseff

Opinião

Impeachment não é golpe!

Ana Amélia Lemos*

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, iniciado na Câmara e ainda sem rito definido, é instrumento democrático e, portanto, constitucional. Falar em golpe é desrespeitar a nossa jovem democracia, o contraditório.

Inflamado por disputas políticas, o atual momento tem alguma semelhança com 1992, quando o então presidente Fernando Collor foi obrigado a enfrentar o processo de impeachment. Há 23 anos, o governo estava contaminado por denúncias graves, baixíssima popularidade, protestos nas ruas, hiperinflação e governabilidade comprometida.

Hoje, os episódios de corrupção são conhecidos e crescem com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Por causa das pedaladas fiscais as contas de 2014 foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União e o país corre sério risco de enfrentar sua pior recessão desde os anos 30. A preocupação sobre os rumos da economia, da política e da área social do país está ampliando a desconfiança sobre a capacidade do governo para superar a crise. Nesse cenário desolador, constatamos, com otimismo, que as instituições continuam fortalecidas. E isso é salvaguarda à democracia. Com enorme constrangimento, e com voto aberto, o Senado manteve o senador Delcídio do Amaral na prisão, respeitando a determinação do Supremo Tribunal Federal. A alteração da meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias, proposta pelo governo, foi aprovada por 314 deputados e 46 senadores, entre os quais o meu voto, para autorizar o déficit primário de quase R$ 120 bilhões e evitar a paralisia administrativa.

Processos favoráveis à transparência e rigor na aplicação dos recurso públicos avançam, protagonizados pela Justiça, Polícia Federal, Ministério Público e imprensa, como forma de combater a corrupção. Pairam no ar, entretanto, muitas incertezas relacionadas à governabilidade. A vontade da sociedade brasileira deve prevalecer na inadiável apreciação do processo de impeachment da presidente da República, fundamentado na representação feita pelos respeitados juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal.

*Senadora

Bom Dia!

“Uma vergonhosa cleptocracia”

Sendo um cara de idade um tanto quanto avançada, tenho lá minhas manias. Uma delas é olhar os jornais, página por pagina, na busca de informações que possam orientar meu dia. Leio de tudo, as vezes até os anúncios que indiquem algo aproveitável.

Pois na ZH de hoje, página 4, na coluna do Leitor, encontrei um comentário de um médico aposentado, de Panambi, que diz o seguinte:



Democracia
Infelizmente, o PT transformou a promissora democracia brasileira em uma vergonhosa cleptocracia que formou um poder paralelo através do dinheiro roubado para comprar e manipular a consciência cidadã dos brasileiros.

Virei a página do jornal e constatei o quanto o médico aposentado de Panambi tem razão. O que li ali, reproduzia tudo o que se ouviu e viu durante o dia de ontem (15) em mais uma operação da Polícia Federal, agora focada em políticos ligados ao PMDB.

Não foram poupados o presidente da Câmara, nem ministros, nem senadores, prefeitos, deputados, alguns ligados ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Foi uma ação que pegou muita gente e deixou outros tanso de cabelo em pé. O pessoal da Lava Jato definitivamente não está para brincadeiras. E já se sabe que ainda tem muito mais pela frente.

Mas, como estamos no Brasil, sempre haverá aquele jeitinho de acomodar as coisas de acordo com os interesses político e partidários do governo e das instituições. E o exemplo está no fato de que o ministro Teori Zavascki, do STF, que autorizou as buscas e apreensões feitas ontem, negou que a PF, mesmo que o MPF tenha solicitado, realizasse buscas na casa do senador Renan Calheiros, aliado fiel da presidente Dilma.

Mas, como se diz lá em São Gabriel, o que é dele está guardado. Claramente contrariado com os acontecimentos, Renan passou pelos jornalistas no Senado, afirmando que não tem nada com o acontecido na Operação Catilinárias. 

Tem sim, tanto que o Planalto está muito preocupado com o que poderá acontecer nos próximos dias com um de seus principais aliados.

Além de estar envolvido em cinco inquéritos, Renan viu amigos seus enredados na operação de ontem. Alguns, incluídos em delações premiadas e seriamente ligados a atos de corrupção investigados pela Lava Jato.

Não custa lembrar que, se Collor foi derrubado por uma Fiat Elba, na casa de Eduardo Cunha, no Rio de Janeiro foi encontrado um táxi que, segundo o deputado, era usado para serviços eventuais dele e de amigos. Diferente da Elba de Collor, o táxi de Cunha custou cerca de R$ 230 mil e está em nome de um fiel amigo seu, alvo de delação de Fernando Baiano.

Fechei o jornal e fiquei pensando no quanto existe de verdade na afirmação do médico aposentado de Panambi. Realmente estamos afundados numa vergonhosa cleptocracia!

Tenham todos um Bom Dia!