segunda-feira, 8 de julho de 2013

Carlos Marighella

Senado faz homenagem ao guerrilheiro

A Comissão de Anistia do Senado Federal concedeu hoje (8) o Certificado de Anistiado Político post mortem à família do guerrilheiro Carlos Marighella, apontado como um dos principais organizadores da luta armada contra o regime militar depois de 1964.
O título de anistia post mortem, concedido pelo governo federal, foi oficializado no final do ano passado, mas ainda não tinha sido entregue à família. O reconhecimento da responsabilidade do Estado pela morte de Marighella, que também foi deputado federal, já tinha sido anunciado em 2011, ano do centenário de nascimento do ex-político.
Para Carlos Marighella Filho, a luta encampada por seu pai vem sendo cada vez mais reconhecida pelas instituições e movimentos políticos do país. “Passei minha vida esperando para que momentos como este fossem acontecendo. Sempre tive certeza de que era minha obrigação lutar para que a dignidade do meu pai fosse restabelecida e vejo sempre com gratidão as instituições, os movimentos e as personalidades de nossa vida política reconhecerem”, disse.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lembrou a trajetória de Marighella marcada por prisões em períodos estratégicos da história do país. O guerrilheiro foi detido em 1936, durante o governo de Getúlio Vargas. Quase 30 anos depois, o baiano Carlos Marighella foi preso por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na ditadura militar.
No intervalo entre as prisões, Marighella foi eleito deputado federal, mas só exerceu o cargo por um ano, quando seu mandato foi cassado, em 1947. Em 1968, o ex-político ainda fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resistência à ditadura militar.

Durante o evento no Senado, também foi lançado o livro Rádio Libertadora, a Palavra de Carlos Marighella, que relata as facetas do político, do guerrilheiro e do poeta brasileiro Marighella.(Agência Brasil)

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