terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mensalão

Voto dos ministros – 2
Toffoli cita trechos do depoimento de Roberto Jefferson, também réu e delator do esquema.
"O depoimento em juízo de José Janene confirma a existência de um acordo financeiro do PT com o PP, para custear despesas do partido com advogado", diz Toffoli.
"As provas não aparentam fragilidade capaz de incitar dúvidas sobre a participação deste réu", diz o ministro sobre o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
"Julgo procedente a ação penal para condenar Delúbio Soares por corrupção ativa", diz Toffoli.
O ministro passa a analisar agora a conduta do réu Marcos Valério.
Dias Toffoli cita depoimentos de Pedro Correa e João Claudio Genu, réus ligados ao PP, sobre a participação de Valério no esquema. O ministro segue seu voto citando trechos dos depoimentos de Valdemar Costa Neto e Jacinto Lamas, réus ligados ao PL.
Tem-se configurado o crime de corrupção ativa imputado ao réu", diz Toffoli, que condena Marcos Valério.
O ministro analisa agora a conduta dos réus Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios de Valério. "Eles tinham ciência e autorizaram os repasses", diz.
Dias Toffoli condena Ramon Hollerbach e Cristiano Paz por corrupção ativa.
Ele analisa agora a conduta de Simone Vasconcelos, diretora financeira da SMP&B na época do escândalo. A ré também é acusada de corrupção ativa.
Dias Toffoli condena Simone Vasconcelos por corrupção ativa.
O ministro examina neste momento a acusação de corrupção ativa imputada a José Genoino.
Dias Toffoli condena o réu José Genoino por corrupção ativa
Toffoli diz que não se pode "simplesmente" imputar a Dirceu a responsabilidade por seus subordinados.
O ministro cita depoimento de Roberto Jefferson e repete Lewandowski, dizendo que o presidente do PTB era "inimigo figadal" de José Dirceu. "Essas circunstâncias trazem a tona dúvida razoável sobre os fatos imputados ao réu José Dirceu", diz Toffoli.
"O próprio procurador-geral da República, em sua sustentação, confirmou a ausência de prova segura a incriminar este réu, baseando a acusação no fato de ele ser ministro-chefe da Casa Civil", afirma. "Mesmo dando a estes fatos a ideia de veracidade, ensejaria um oferecimento de denúncia do réu por distintos crimes", diz Toffoli. "Se ele estava intermediando a liquidação do Banco Mercantil, poderia ser pelos crimes de corrupção passiva ou advocacia administrativa, tráfico de influência, mas não por corrupção ativa", diz.
"Por não haver provas suficientes para respaldar uma condenação em relação ao delito de corrupção ativa, absolvo o réu José Dirceu", diz Toffoli. (segue...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário