O horário de verão começou neste domingo, quando os moradores das
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais o estado do Tocantins, adiantaram
seus relógios em uma hora.
A mudança é para aproveitar melhor a luminosidade do
dia nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e
evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais
poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.
Se não houver adaptações para a mudança de horário, algumas
pessoas podem apresentar cansaço, fadiga e até mesmo chegar à exaustão, de
acordo com o fisiologista Hildeamo Bonifácio. “Nesse quadro de exaustão, a
pessoa mostra sinais parecidos com doenças, como irritabilidade, dor de cabeça,
diarreia e mudanças de humor”.
Bonifácio recomenda que, na primeira semana de mudança de
horário, as pessoas aumentem a ingestão de líquido e façam refeições leves.
Também deve ser mantido o horário das refeições, para o cérebro se adaptar o
mais rápido possível com a mudança. “Se a pessoa está acostumada a tomar café
às 7h, agora vai ter que tomar no mesmo horário, mesmo que ainda não tenha
tanta fome”.
A mesma tática deve ser adotada com o sono. Quem está acostumado
a dormir às 22h, por exemplo, deve manter o horário. “Se essas orientações não
forem seguidas, é como se a pessoa estivesse em uma semana de carnaval: vai
dormir tarde, acorda tarde, aí muda todo o relógio biológico”, diz o
fisiologista.
A expectativa do governo é que o horário de verão deste ano evite
um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas, que seria
necessário para suprir a demanda no horário de pico. Se fosse preciso construir
novas termelétricas para garantir essa energia, o país gastaria R$ 3 bilhões,
se não houvesse o horário de verão. A redução da demanda de energia no horário
de pico neste ano deve ser cerca de 4,5%, e a redução total de consumo deverá
ser 0,5%.
De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de
Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a mudança de horário proporciona um ganho
considerável para a segurança do sistema elétrico brasileiro. “Menor demanda
implica maior segurança para o sistema, que não fica tão 'estressado'. Há
também maior flexibilidade operativa para liberar instalações para manutenção e
redução da geração de energia térmica para atender a esse consumo”. (Agência
Brasil)
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