quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mensalão

Voto dos ministros - 2
A primeira ministra a votar é Rosa Weber. Ela faz um retrospecto dos votos do revisor e do relator e diz que condena os réus que ambos os ministros também condenaram.
Rosa Weber vota pela condenação dos seguintes réus: Pedro Corrêa, Valdemar Costa Neto, Bispo Rodrigues, Roberto Jefferson, Romeu Queiroz, José Borba, João Cláudio Genu e Jacinto Lamas.
Quanto aos réus Pedro Henry e Emerson Palmieri, que foram absolvidos por Ricardo Lewandowski, a ministra faz algumas considerações.
"Acompanho o relator para condenar Pedro Henry na condição de autor pelo crime de corrupção passiva", diz Rosa Weber.
A ministra fala agora sobre a situação de Emerson Palmieri. "Se o réu participou dos acordos políticos que viabilizaram os repasses e se tinha ciência dos efetivos repasses por meio das empresas de Valério, entendo que não há como excluir sua responsabilidade"
"Peço vênia ao revisor, para acompanhar o voto do ministro relator para condenar Emerson Palmieri no crime de corrupção passiva como partícipe", diz Rosa Weber.
A ministra acompanha na íntegra o voto de Joaquim Barbosa quanto aos crimes de corrupção passiva. A seguir, Rosa Weber lê seu voto sobre os crimes de lavagem de dinheiro imputados aos réus.
"Para mim, o só recebimento maquiado, escamoteado de vantagem indevida, que pode acontecer pela via da interposta pessoa, não implica necessariamente lavagem", diz a ministra. "Concluo que o recebimento da vantagem indevida integra o tipo penal da corrupção passiva e não pode, por esse motivo, compor o da lavagem", diz Rosa Weber.
"No entanto, considerando que, apontados como crimes antecedentes os peculatos e a gestão fraudulenta, entendo que a lavagem, em algumas hipóteses, aqui se configurou", afirma.
"Concluo que, no presente caso, senhor presidente, há elementos probatórios suficientes para concluir que os acusados beneficiados agiram dolosamente na prática de lavagem", afirma Rosa Weber.
Com relação a Antonio Lamas, a ministra diz que seu voto seguirá na "esteira do voto de relator e revisor", que absolveram o réu.
"Quanto a João Cláudio Genu, não tenho esta mesma segurança do agir doloso. Estando ele em posição subordinada, não tenho certeza que tenha agido com dolo direto ou eventual", diz Rosa Weber. "Havendo dúvida razoável, voto pelo in dubio pro reo", diz ela, sobre o réu Genu.
A ministra exclui da acusação de lavagem de dinheiro os réus Bispo Rodrigues e José Borba.
"Quanto a Breno Fischberg, peço vênia ao revisor para, com relação a ele, acompanhar o voto do relator, condenando-o", afirma.
A ministra Rosa Weber passa a fazer a leitura de seu voto quanto às imputações de formação de quadrilha.
"A situação de organização imputada na denúncia como identificadora do crime de bando ou quadrilha, a meu juízo, assim não se qualifica. Não vislumbro associação dos acusados para delinquir", diz. "Absolvo todos os acusados da imputação dos crimes de quadrilha", afirma Rosa Weber.

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