Os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado
aprovaram por unanimidade no começo da tarde desta quarta-feira (4) o relatório
do senador Pedro Taques (PDT-MT) pela legalidade do pedido de
cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A votação na
CCJ foi realizada de forma aberta e nominal.
O pedido de cassação será encaminhado para conhecimento da Mesa
Diretora do Senado. A cassação do mandato deve ser votada no plenário do Senado
na sessão da próxima quarta-feira (11). No plenário, a votação dos
parlamentares será realizada de forma secreta.
Para que a cassação de Demóstenes seja aprovada em plenário, são
necessários os votos favoráveis de 41 dos 81 senadores.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP), afirmou que Demóstenes tentou
"enganar" o Senado. "Por todas essas mentiras, essa
personalidade que mostrou ter, eu realmente acredito [...] que o senador
Demóstenes não tem lugar aqui nesta Casa", concluiu Marta Suplicy.
O senador Jorge Viana (PT-AC) lembrou que o senador Demóstenes Torres
foi presidente da CCJ. Segundo ele, o processo não deixa os parlamentares
felizes "mas temos de cumprir esta obrigação", disse.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), afirmou que nunca havia passado por
situação "tão constrangedora". Segundo ele, Demóstenes tinha um
"duplo comportamento". "Entrar neste esquema, nesta maneira de
ser, eu não consigo entender", disse. "Eu voto pelo afastamento do
Demóstenes, mas voto muito machucado".
O presidente do Conselho de Ética, senador Antonio Carlos Valadares
(PSB-SE), afirmou que não tem nenhuma "alegria" com esse processo,
mas possui a "tranquilidade" de saber que conduziu o processo com
"espírito de justiça".
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