Os caminhoneiros seguem
em protesto em pelo menos 20 estados do País contra a alta do diesel. Este
é o 3º dia de manifestações que já afetam mais de 200 trechos de rodovias
federais.
Em São Paulo, os postos
do interior e do Vale do Paraíba começam a ficar sem combustível nas
bombas. No
Rio, o diesel não chegou às garagens de ônibus, e
motoristas enfrentaram filas em vários postos. A paralisação também afetou a
entrega dos Correios que suspenderam
temporariamente as postagens.
Está marcada para a tarde desta quarta-feira, 23, uma
reunião com a associação
que representa caminhoneiros (Abcam) e a Casa Civil para discutir os pleitos
dos motoristas autônomos. Ontem, o ministro da
Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou que o
governo fechou um acordo para eliminar a Cide incidente sobre o diesel.
Mesmo com as negociações, os protestos devem continuar.
A manifestação de caminhoneiros pelo País começa a
reduzir os estoques da Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Em nota divulgada nesta
tarde, a companhia alerta que a entrada de produtos provenientes de outros
Estados está prejudicada.
"Nesta
quarta-feira (23/5) com a previsão de grande movimentação, foram percebidos
diversos problemas, como a entrada de produtos provenientes de outros estados e
que encontram mais dificuldade de acesso. Alguns desses produtos são a manga e
mamão, provenientes da Bahia e Espírito Santo, o melão do Rio Grande do Norte,
a melancia de Goiás e a batata do Paraná, entre outros", informa a
Ceagesp, que garante que a chegada de produtos oriundos do interior de São Paulo não apresenta problemas.
Rio de Janeiro
Se os caminhões de combustível não
chegarem às garagens das empresas de ônibus do Rio de Janeiro nas próximas 24 horas, a previsão é de paralisação total do transporte
público na
sexta-feira, 25. Nesta quarta-feira, 23, terceiro dia da grave dos
caminhoneiros, 40% da frota (de 23 mil veículos) não circulou na região
metropolitana do Rio. A previsão para quinta-feira é de que 70% dos ônibus não circulem se os estoques
não forem repostos.
“A
situação é gravíssima”, afirmou o gerente de Planejamento e Controle da
Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio (Fetranspor),
Guilherme Wilson. “Estamos monitorando a situação desde segunda-feira e o
problema se intensificou de ontem pra hoje; já sabíamos que haveria
indisponibilidade de combustível para operar a frota toda hoje.”
Brasília
O Aeroporto de Brasília pode
ficar sem reserva de querosene de aviação até o fim desta tarde, informa
a Inframérica, concessionária
responsável pelo terminal. Na tarde de terça-feira, quatro caminhões
abasteceram o aeroporto com 60 mil litros do combustível, mas parte da frota
que abastece o terminal continua retida no entorno do Distrito Federal. A
administração informa que o aeroporto permanece em situação de atenção e
contingenciamento por causa das paralisações de caminhoneiros.
"As orientações para as companhias aéreas é de abastecerem
o mínimo possível no Aeroporto de Brasília seguem em vigor e auxiliam para a
plena operação do Terminal", informa a Inframérica, por meio de nota.
"A Inframerica informa que a reserva de Querosene de
Aviação (QAV) é suficiente até o final da tarde desta quarta-feira (23).
É de suma importância a liberação dos outros caminhões para normalizar o
atendimento no aeródromo."
Agência Estado
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