quarta-feira, 23 de maio de 2018

➤Falsidade ideológica eleitoral

MPF denuncia  governador Fernando Pimentel (PT)


O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o governador de Minas GeraisFernando Pimentel (PT), e outras seis pessoas por crimes de omissão e falsidade ideológica na prestação de contas da campanha eleitoral do petista em 2014. Feita no âmbito da Operação Acrônimo, a acusação trata da suposta ocultação, por Pimentel, do recebimento de 3,2 milhões de reais em sua campanha naquele ano. A denúncia foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março, mas o relator da ação no tribunal, ministro Herman Benjamin, só tirou o sigilo da denúncia na última sexta-feira (18).

A peça assinada pelo vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, sustenta que “ao lado da campanha oficial (tanto de responsabilidade do candidato, quanto do partido) corria uma estrutura paralela de arrecadação de fundos e custeio de despesas”. Segundo o MPF, o dinheiro foi pago pelas empresas JHSF e Gomes de Almeida por meio de notas fiscais falsas e transações bancárias dissimuladas.

A denúncia afirma que as doações não declaradas à Justiça Eleitoral foram negociadas entre 2011 e 2014, período em que Pimentel foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e intermediadas pelo empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, que fechou acordo de delação premiada com o MPF.

No caso da doação da JHSF, de um milhão de reais, feita por meio do pagamento de serviços prestados pelo instituto Vox Populi, o MPF sustenta que Fernando Pimentel teria se comprometido com a influenciar, como ministro, a aprovação de um pedido de outorga para construção e exploração de um aeroporto na região metropolitana de São Paulo.

Revista VEJA

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