A Operação Câmbio, Desligo, deflagrada na manhã desta
quinta-feira, 3, agiu contra Antônio Claudio Albernaz Cordeiro, conhecido como
Tonico, em Porto Alegre. Ele já havia sido alvo da 23ª fase da Lava Jato, a
“Xepa”, mas foi liberado ao fim do período da prisão temporária.
Albernaz teria recebido R$ 1 milhão para o ministro da
Casa Civil Eliseu Padilha, sob o codinome “Angorá”, segundo delação de Cláudio
Melo Filho. No mesmo depoimento, ele cita que a Odebrecht teria efetuado o
repasse de outra parte do valor acordado por meio da entrega no escritório do
advogado José Yunes, amigo de Michel Temer.
“No caso em concreto o codinome utilizado pelo setor de
operações estruturadas para definir Eliseu Padilha nesta operação financeira
foi “Angorá”. A título de informação, que reforça a relação de representação
entre Eliseu Padilha e Moreira Franco, este último tem o apelido de Gato
Angorá”, diz o delator na página 53 do anexo sobre o pagamento dos R$ 4 milhões
para Padilha.
O ministro Eliseu Padilha negou qualquer relacionamento.
“Não fui candidato em 2014. Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para
quem quer que seja. A acusação é uma mentira! Tenho certeza que no final isto
restará comprovado”, explicou Padilha na época.
ISTOÉ/Estadão
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