Tentação dilmista assombra Temer
O risco de o governo adotar algum controle sobre o preço
dos combustíveis é rasgar o discurso da independência da Petrobras e retomar a
política dilmista de controlar politicamente aumentos e reduções dos valores na
bomba do posto.
Uma das principais mudanças feitas por Michel Temer em
relação à antecessora foi na Petrobras: tanto os marcos regulatórios quanto a
relação entre o governo e a empresa, foco do maior escândalo de corrupção da
era petista, foram alterados. Qualquer mudança terá cheiro de um déjà-vu
político e econômico.
Populismo no preço do combustível
“Fazer populismo com o preço dos combustíveis é um caminho sem volta”, alerta Míriam Leitão em sua coluna no jornal O Globo.
Com a possibilidade de intervenção do governo federal na
Petrobrás e o risco de se cometer os mesmos erros do passado, a jornalista
pondera as possibilidades de segurar o preço da gasolina sem causar tanto
impacto para as contas do País – se é que isso é possível.
‘Janot impediu reforma da Previdência’
O senador Romero Jucá colocou na conta do ex-procurador
geral da República Rodrigo Janot a não votação da reforma da Previdência.
“Não fizemos a reforma da Previdência porque Rodrigo
Janot torpedeou o presidente Temer”, afirmou em evento realizado hoje cedo pela
Abrig (Associação Brasileira de Relações Institucionais Governamentais)
O candidato é Meirelles
Se alguém tinha dúvidas sobre a saída de Michel Temer do
páreo pelo Planalto, o presidente do MDB, senador Romero Jucá, acabou com a
questão.
Em evento da Abrig, acaba de tratar publicamente Henrique
Meirelles como o único candidato do partido.
Vai cair dinheiro na conta da Odebrecht
Os bancos Bradesco e Itaú vão conceder, juntos, um
empréstimo de R$ 2,6 bilhões ao grupo Odebrecht, em parte para o pagamento de
dívida e gerar capital de giro para a empreiteira. Segundo informa o Estadão,
as negociações demoraram quatro meses e envolveram também Banco do Brasil,
Santander e BNDES.
Como garantia, a Odebrecht comprometeu R$ 12 bilhões
dos R$ 14,7 bilhões em ações que detém da Braskem. O valor pode subir com
a valorização do dólar.
O ‘lança-chamas’ metafórico de Bolsonaro
Questionado sobre sua declaração, na Associação Comercial
do Rio, de que usaria “lança-chamas” para retirar simpatizantes de Paulo Freire
do MEC, Jair Bolsonaro disse que foi uma “força de expressão”.
“Você nunca ouviu que o governo ia tratorar o Congresso?
Isso não quer dizer que vai passar por cima dos deputados com um trator”,
afirmou, no Jornal da Manhã,
da Jovem Pan. Tratou-se, pois, de um
lança-chamas metafórico.
Ministro liberou negócio da família
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, liberou, quando
estava na Caixa Econômica Federal, R$ 200 mil usados na compra de uma casa
lotérica vendida pelo seu filho e seu enteado em Alagoas.
A Folha teve
acesso a uma investigação interna da CEF sobre a liberação dos
recursos, feita em 2013, quando Occhi era superintendente do banco para o
Nordeste. Depois, o ministro chegou a presidente da Caixa, cargo que deixou
para assumir a Saúde.
Amoêdo, o único ‘liberal raiz’
Em sua entrevista no Roda
Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, o pré-candidato do
Partido Novo, João Amoêdo, procurou o tempo todo se apresentar como o único
postulante genuinamente liberal à Presidência. Afirmou que o Estado não deve
ser chamado a tutelar a vida do cidadão.
“Tá na hora da gente assumir as nossas responsabilidades.
Não acho que devemos acabar com a cota de imediato, mas temos que trabalhar
para que ela não seja necessária”, afirmou.
Joesley quer pagar R$ 110 mi logo
Joesley Batista apresentou petição ao ministro Edson
Fachin, do STF, para que determine uma conta bancária na qual ele possa
depositar o valor referente à multa de R$ 110 milhões acertada em seu acordo de
delação premiada, informa o Estadão.
Trata-se de uma tática de pressão da defesa para tornar a
delação “fato consumado” e evitar sua rescisão, que está sob análise do relator
Fachin, após ser pedida pelo Ministério Público.
Publicado no portal do Jornal Estadão em 22/05/2018
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