Após dois dias de protestos, a caravana do ex-presidente Lula
deve chegar nesta quarta-feira (21) a São Borja onde continua a cumprir sua
agenda. No entanto, como já aconteceu em Bagé e Santa Maria, as manifestações
contra sua presença continuam e mais de 300 manifestantes já se reúnem no trevo
entre a BR-285 e BR-287, com cerca de 76 maquinários. O trânsito, porém, não
foi bloqueado no local e a manifestação segue de forma pacífica.
De lá, os produtores seguirão a pé para a frente do sindicato rural do
município, onde apresentarão suas reivindicações e se posicionarão sobre a
presença de Lula na cidade. Há também um ponto de encontro marcado para 12h30
(Brasília) em frente ao Museu Getúlio Vargas.
Cartaz distribuído em Passo Fundo |
Nas cidades seguintes que deverão ser visitadas pela caravana também já
há protestos sendo organizados por produtores rurais, lideranças do agronegócio
e demais representantes da sociedade civil.
Diante dos últimos protestos e dos que estão por vir, a equipe do
ex-presidente convocou uma reunião de emergência para discutir segurança e a
possibilidade de uma reavaliação para mudanças em sua agenda, como informa a
Folha de S. Paulo.
"Sob a orientação de Lula, petistas procuraram o ministro da
Segurança, Raul Jungmann, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori
(MDB), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Secretaria de Segurança do Estado
para relatar os conflitos da manhã desta terça, quando um grupo de
manifestantes fechou temporariamente o acesso à cidade de Santa Maria para
impedir a presença do ex-presidente", diz a reportagem.
Em São Borja, um dos pontos altos esperados pela caravana é a
visita de Lula ao mausoléu de Getúlio Vargas, e para o filho do ex-presidente
João Goulart, que foi Ministro do Trabalho de Vargas, trata-se de uma revisão
da história por parte do PT. "O PT acusava Getúlio, eu acho muito
interessante que o PT esteja fazendo essa revisão histórica", disse João
Vicente Goulart.
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