Eliane Cantanhêde
Deputados do PT, do PCdoB e do PSOL, mais Paulinho da
Força, do Solidariedade, irão hoje ao Supremo Tribunal Federal pressionar
principalmente a presidente Cármen Lúcia para evitar a prisão o ex-presidente
Luis Inácio Lula da Silva após a análise dos embargos declaratórios no TRF-4.
A caravana vai ao Supremo horas depois do encontro de
Cármen Lúcia com o advogado de Lula José Paulo Sepulveda Pertence, que já
presidiu à Corte e foi o padrinho de sua indicação para ocupar uma vaga de
ministro, no governo justamente de Lula.
Não é o primeiro grupo de parlamentares a fazer pressão,
porque deputadas e senadoras do PT e de partidos alinhados também já foram ao
gabinete da presidente, aliás, sem hora marcada e exigindo que fossem
recebidas.
Cármen Lúcia avisou desde o início que não poria na pauta
do plenário a revisão da prisão após condenação em segunda instância, alegando
que essa questão já passou por três votações recentes e um novo julgamento, por
causa de um único réu, seria “apequenar o STF”. Ela cumpriu a palavra, não
incluindo o tema na pauta de abril.
Ela é alvo de fortes pressões em sentido contrário, tanto
de aliados de Lula, tanto de milhares de e-mails e telefonemas, na maioria
defendendo que o STF mantenha a prisão segunda instância. Se nenhum
ministro puser em mesa a questão em abril, Lula já poderá estar preso em maio.
*Publicado no Portal do jornal Estadão em
14/03/2017
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